A VarigLog propõe a redução da frota da Varig para quase metade na proposta de compra apresentada para a companhia aérea brasileira em processo de recuperação judicial.

A antiga participada de carga da Varig, cuja proposta ainda não foi aprovada, oferece 485 milhões de dólares (386 milhões de euros) pela empresa brasileira, mas propõe a redução do número de aviões dos actuais 65 para 30, segundo informação avançada pela própria Varig ao Tribunal de Falências e citada pela Bloomberg.

A VarigLog, que tem como accionistas investidores brasileiros e o fundo americano Mattlin Patterson, já adiantou à Varig 4,8 milhões de dólares nos últimos três dias para evitar o colapso da operação da companhia brasileira.

A Varig, que cancelou a maioria das suas rotas internacionais, tem vindo a operar a 50% da sua capacidade.

A empresa de carga mantém contactos com as empresas de leasing, credoras da Varig, para conseguir salvar pelo menos parte da frota da Varig, ameaça de arresto por falta de pagamento.

O juiz de falências, Luiz Roberto Ayoub, deu ontem 24 horas à VarigLog para esta detalhar a sua proposta para a companhia aérea brasileira, "tendo em vista a complexidade do processo".

De fora do processo de recuperação da Varig, parece continuar a TAP, que, em conjunto com a Geocapital de Stanley Ho, comprou no ano passado a outra empresa participada da companhia aérea, a VEM (Varig Engenharia e Manutenção).

Ontem, perante os deputados da comissão parlamentar de Obras Públicas, o ministro Mário Lino justificou a opção da companhia nacional se manter à margem do processo, que continua a acompanhar. "A TAP não se pode meter em aventuras" por causa da Varig, disse o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.