O TVT - Terminal Multimodal do Vale do Tejo, que implicou um investimento de 17,5 milhões de euros (3,5 milhões de contos), quer assumir-se como uma «porta estratégica» para a Península Ibérica, sendo o primeiro terminal do género em Portugal, anunciou a empresa em comunicado.

Este terminal irá funcionar, em simultâneo, como porto seco, permitindo ligações ferroviárias directas às principais cidades espanholas, e possibilitando «pela primeira vez em Portugal, o transbordo entre o transporte aéreo, marítimo, rodoviário e ferroviário», segundo a mesma fonte.

A empresa acredita que este terminal «está preparado para se tornar, rapidamente, no principal meio de distribuição de mercadorias de, e para, a Europa e Norte de África».

Os objectivos do TVT passam por baixar os custos logísticos afectos ao transporte de mercadorias, bem como acelerar o seu transporte. A infra-estrutura vai funcionar como uma alfândega no centro do país, evitando burocracias nos portos marítimos.

De acordo com o mesmo comunicado, a implementação do TVT vai permitir a redução do tráfego de camiões de Lisboa, um efeito que já foi notado ontem, com a entrada e saída de menos 20 camiões da capital portuguesa, beneficiando desse modo o tráfego e reduzindo os níveis de poluição.

O TVT já conta com protocolos assinados com a Portucel [PTCL], empresa de pasta e papel, e a Borealis, estando em curso negociações com a Opel portuguesa e com a Renova.

O TVT tem uma área total de 22 hectares e 18 mil m2 de área coberta, com uma capacidade para sete mil contentores e para movimentar 900 toneladas de mercadorias por ano.