Notícia
Trump derruba mega-fusão no luxo. LVMH desiste de comprar Tiffany e é processada
A Louis Vuitton desistiu da compra da Tiffany por 14,7 mil milhões de euros. Tudo por causa da ameaça de Trump de impor tarifas sobre importações de bens de luxo oriundas de França. A célebre marca de joalharia vai processar o gigante francês do luxo.
Era um dos grandes negócios de 2020. A LVMH, casa-mãe da Louis Vuitton, tinha acordado a aquisição da icónica empresa de joalharia por cerca de 14,7 mil milhões de euros, criando um "gigante" no mundo do luxo com uma faturação anual de 50 mil milhões de euros.
Esta quarta-feira, contudo, a LVMH anunciou que desistia do negócio. O grupo liderado por Bernard Arnault, o homem mais rico da Europa e o quarto mais rico do mundo, justificou a decisão com a ameaça feita pelo presidente dos EUA de impor tarifas a diversos bens importados de França, que incluem vários produtos de luxo.
Segundo o Financial Times, a LVMH informou terça-feira a Tiffany que tinha recebido uma carta do Governo francês há cerca de uma semana pedindo um adiamento da conclusão do negócio, cujo prazo limite era 24 de novembro, para 6 de janeiro por forma a tentar dissuadir a Casa Branca a impor tarifas em importações de França
E hoje, a LVMH comunicou que "dados estes elementos e a análise legal inicial (...) o conselho de administração decidiu respeitar os termos do acordo de fusão assinado em novembro de 2019, que estabelece um prazo limite para a conclusão do negócio até 24 de novembro de 2020. Assim, a LVMH não será capaz de completar a aquisição da Tiffany & Co.".
A empresa de joalharia, por seu turno, vai interpor esta quarta-feira um processo no tribunal do Delaware acusando a LVMH de "deliberadamente arrastar o processo de garantir as necessárias autorizações das autoridades de concorrência", refere o Financial Times.
Em causa estará o processo de autorização na União Europeia que ainda não terá sido iniciado e, alega a Tiffany, a LVMH ameaçou desistir da fusão caso a empresa de joalharia não aceitasse uma redução do preço a pagar.
As autoridades da concorrência na China e nos EUA já aprovaram a maior fusão de sempre no setor do luxo, mas a LVMH ainda não iniciou o processo de aprovação junto de três jurisdições, incluindo a UE, refere fontes próximas do processo ao jornal.
Em finais de julho, numa "conference call" com investidores, o maior grupo de luxo do mundo indicou que os processos de aprovação junto dos reguladores estavam a decorrer em cerca de meia dúzia de países, acrescentando que estava a "responder de forma expedita" às questões dos reguladores, apesar de a pandemia da covid-19 ter atrasado os procedimentos.
A Tiffany acusa ainda a LVMH de ter violado os termos do acordo ao não a informar de imediato da carta do Governo francês, indicaram as mesmas fontes ao Financial Times.
Esta quarta-feira, contudo, a LVMH anunciou que desistia do negócio. O grupo liderado por Bernard Arnault, o homem mais rico da Europa e o quarto mais rico do mundo, justificou a decisão com a ameaça feita pelo presidente dos EUA de impor tarifas a diversos bens importados de França, que incluem vários produtos de luxo.
E hoje, a LVMH comunicou que "dados estes elementos e a análise legal inicial (...) o conselho de administração decidiu respeitar os termos do acordo de fusão assinado em novembro de 2019, que estabelece um prazo limite para a conclusão do negócio até 24 de novembro de 2020. Assim, a LVMH não será capaz de completar a aquisição da Tiffany & Co.".
A empresa de joalharia, por seu turno, vai interpor esta quarta-feira um processo no tribunal do Delaware acusando a LVMH de "deliberadamente arrastar o processo de garantir as necessárias autorizações das autoridades de concorrência", refere o Financial Times.
Em causa estará o processo de autorização na União Europeia que ainda não terá sido iniciado e, alega a Tiffany, a LVMH ameaçou desistir da fusão caso a empresa de joalharia não aceitasse uma redução do preço a pagar.
As autoridades da concorrência na China e nos EUA já aprovaram a maior fusão de sempre no setor do luxo, mas a LVMH ainda não iniciou o processo de aprovação junto de três jurisdições, incluindo a UE, refere fontes próximas do processo ao jornal.
Em finais de julho, numa "conference call" com investidores, o maior grupo de luxo do mundo indicou que os processos de aprovação junto dos reguladores estavam a decorrer em cerca de meia dúzia de países, acrescentando que estava a "responder de forma expedita" às questões dos reguladores, apesar de a pandemia da covid-19 ter atrasado os procedimentos.
A Tiffany acusa ainda a LVMH de ter violado os termos do acordo ao não a informar de imediato da carta do Governo francês, indicaram as mesmas fontes ao Financial Times.