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Tribunal holandês determina investigação à gestão da Ahold

A Royal Ahold, que controla 49% da Jerónimo Martins Retalho, deverá ser examinada por alegados «indícios de gestão errada associada ao anúncio realizado em Fevereiro de 2003 que os lucros foram inflacionados durante três anos», noticiou hoje a Bloomberg,

06 de Janeiro de 2005 às 15:34
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A Royal Ahold, terceiro maior companhia de retalho do mundo, que controla 49% da Jerónimo Martins Retalho, deverá ser examinada por alegados «indícios de gestão errada associada ao anúncio realizado em Fevereiro de 2003 que os lucros foram inflacionados durante três anos», noticiou hoje a Bloomberg, citando uma decisão de um tribunal dos Países Baixos.

A sentença do juíz Huub Willems, hoje decretada na Câmara das Empresas de Amesterdão, surge em resposta a uma queixa apresentada pela VEP, um grupo que representa investidores holandeses.

O tribunal irá agora nomear três investigadores, cabendo à Ahold os custos do mesmo inquérito, que de acordo com a sentença não deverá exceder os 250 mil euros.

O Tribunal irá examinar a aquisição, pela Ahold, da unidade U.S. Foodservice, onde se registou a maior parte da sobreavaliação dos lucros, assim como a forma como o grupo de retalho consolidou as vendas das «joint ventures» e controlou os seus negócios operacionais.

A Ahold já concordou em pagar uma multa de forma a pôr fim a um inquérito do Ministério Público dos Países Baixos e conseguiu estabelecer um acordo com a entidade reguladora dos mercados norte-americanos – a Securities and Exchange Comission – sem custos financeiros adicionais. A companhia retalhista mantém-se contudo alvo de um processo nos EUA.

Contactado pela Bloomberg, o porta-voz da Ahold, Walter Samuels, afirmou que a companhia está receptiva a discutir um acordo com a VEB. Paralelamente, a distribuidora aguarda que a investigação hoje decratada esteja concluída em cerca de seis meses, acrescentou a mesma fonte.

As acções da Ahold seguiam a valorizar 0,67%, para 5,98 euros, depois de já estarem a ganhar 2,36%, em Amesterdão. Em Lisboa, a Jerónimo Martins [jmar] seguia a apreciar 0,41%, para 9,89 euros.

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