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Três arguidos na burla da Afinworld
A investigação acerca do caso Afinworld chegou ao fim com a constituição de três arguidos por prática do crime de burla qualificada, anunciou a Polícia Judiciária.
A investigação acerca do caso Afinworld chegou ao fim com a constituição de três arguidos por prática do crime de burla qualificada, anunciou a Polícia Judiciária.
Os três empresários indiciados tinha sido detidos em Janeiro de 2008, durante a fase de inquérito, e sujeitos a termo de identidade e residência e a apresentações periódicas. O caso passa agora para as mãos do Ministério Público.
A burla da Afinworld assentava num esquema piramidal, que passava pela a angariação das vítimas com promessas de "rentabilidade impossível" do seu dinheiro, suportada no investimento em produtos não financeiro, nomeadamente em obras de arte como pinturas, móveis e peças em prata e ouro.
"Sob o lema ‘comprar bem e vender melhor’, ficcionando a inserção em grupo económico internacional, fortemente habilitado no ramo, viveram faustosamente à custa dos valores investidos, numa actuação caracterizada pelo mero pagamento dos juros acordados com importâncias entregues pelos novos (mais recentes) clientes/investidores", explica a Judiciária em comunicado.
O enriquecimento ilegítimo dos mentores da fraude resulta da diferença entre as importâncias que lhes eram confiadas e o valor irrisório aplicado na aquisição das "obras de arte", designação que, em alguns casos, não pode sequer ser aplicado do ponto de vista pericial, acrescentam as autoridades. Além disso, ficou provado que a mesma peça surgia associada a diferentes contratos.
"Ao longo da investigação (...) analisaram-se pericialmente centenas de peças, procedeu-se à inquirição de dezenas de investidores e especialistas na matéria, congelaram-se contas bancárias, contabilizando-se a final um prejuízo patrimonial de valor consideravelmente elevado, que ascende a cerca de um milhão de euros", diz a Polícia Judiciária.