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Trabalhadores da PT consideram "ofensivos" prémios da administração

A Comissão de Trabalhadores considera "ofensivos" os prémios que a administração da Portugal Telecom continua a receber. Numa conferência de imprensa à porta da PT, Francisco Gonçalves, presidente da Comissão, lembrou os seis milhões de euros referidos no relatório do primeiro semestre deste ano como prémios pagos aos administradores executivos.

11 de Setembro de 2009 às 15:41
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A Comissão de Trabalhadores considera “ofensivos” os prémios que a administração da Portugal Telecom continua a receber. Numa conferência de imprensa à porta da PT, Francisco Gonçalves, presidente da Comissão, lembrou os seis milhões de euros referidos no relatório do primeiro semestre deste ano como prémios pagos aos administradores executivos.

Do montante total pago à administração, 2,2 milhões de euros foram prémios anuais e 3,8 milhões prémio plurianuais pelo mandato que terminou no final do ano passado. Lembre-se que em Março de 2009 foi eleita uma nova administração para um mandato de 3 anos.

Francisco Gonçalves lembrou que no triénio 2006-2008 a administração da PT ganhou em remuneração variáveis um total de 18,5 milhões de euros.

A PT, segundo o representante dos trabalhadores, diz que não se poderia contabilizar o prémio da OPA [da Sonaecom] porque foi extraordinário e que a administração do mandato anterior (2006-2008) teve a mesma remuneração global que a anterior (2003-2005)

Para Francisco Gonçalves estes prémios de qualquer das formas “são ofensivos”. A Comissão de Trabalhadores critica também a remuneração paga aos accionistas de 6,2 mil milhões de euros decorrentes da OPA e 1,5 mil milhões em dividendos prometidos entre 2009 a 2011, ainda mais porque, diz este responsável, “65% dessa remuneração accionista vai para o estrangeiro”.

Esta situação é ainda mais criticada pela Comissão de Trabalhadores pelo facto de a PT ter pedido contenção salarial aos seus trabalhadores.

Francisco Gonçalves aproveitou a ocasião para questionar a venda da marroquina Meditel. “Não se entende como é que o património que foi importante foi alienado”. Por outro lado, a Comissão de Trabalhadores tem dúvidas sobre a aplicação da mais-valia da venda da Meditel e teme que a almofada financeira permitida por esse ganho seja aplicada na redução cirúrgica de postos de trabalho.

Critica ainda a substituição que diz que a PT está a fazer de trabalhadores qualificados por estagiários, para reduzir o valor do factor trabalho. E dá o exemplo dos jovens licenciados que estagiaram na PT em 2007, os que foram contratados em 2008 ficaram com uma remuneração base de 1.300 euros. Já os que estagiários de 2008, contratados este ano ficaram com um salário de 1.200 euros.

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