Os cerca de 1100 trabalhadores que a unidade produtiva da GM na Azambuja emprega estão disponíveis para negociar com a administração da GM Europa, no sentido de tornar a fábrica mais competitiva.

Joaquim Carreira, da comissão de trabalhadores, declarou ao Jornal de Negócios Online que «há margem de manobra para negociar e estamos empenhados em manter a fábrica a funcionar».

Os trabalhadores foram hoje informados, em termos globais, sobre as conclusões do estudo que a GM Europa realizou sobre o negócio de veículos comerciais no mercado europeu.

Numa conferência telefónica com a administração da GM Europa, os trabalhadores ficaram a saber que «temos uma desvantagem competitiva de 500 euros por unidade face a fábricas em outras localidades», referiu o responsável. Esta informação é a mesma que consta no comunicado enviado pela GM Portugal à imprensa.

Dentro de dois dias, a administração da construtora automóvel deverá enviar o estudo integral, por escrito, aos trabalhadores, com um conjunto de propostas negociais. Depois disso, «vamos analisar as questões, reflectir e tomar uma decisão em plenário», explicou Joaquim Carreira.

Ao Jornal de Negócios Online, fonte oficial da GM Portugal salientou que «não há qualquer decisão tomada», prevendo que o mesmo aconteça até meados de Junho.

Ainda assim, Nelson Silveira, admite que «em caso extremo, e sem acordo com os trabalhadores, o encerramento da fábrica da Azambuja pode acontecer».

Este cenário é apontado pelo comunicado de imprensa da GM Espanha, mas não pelo português.