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Ao minutoAtualizado há 48 min10h26

Europa arranca mista com investidores à espera do início da "earnings season"

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.

Reuters
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há 48 min.10h26

Europa arranca mista com investidores à espera do início da "earnings season"

Os primeiros encontros presenciais com investidores estão a ser usados pelos gestores para atualizar estimativas e acalmar os receios sobre o impacto da guerra no mercado financeiro.

As bolsas europeias estão a negociar em território misto, com os investidores centrados numa série de resultados trimestrais e na próxima reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) esta semana. Isto acontece depois de as principais praças asiáticas terem encerrado sem rumo definido, com as autoridades chinesas a apresentarem um pacote de estímulos económicos que ficou aquém das expectativas do mercado. 

O "benchmark" europeu, o Stoxx 600, está praticamente inalterado a esta hora, ao cair 0,01% para 521,93 pontos. O setor das viagens e lazer é o que regista o pior desempenho esta manhã, caindo 1,35%. As ações de luxo, extremamente expostas ao mercado chinês, também estão a pressionar o principal índice europeu, com o setor tecnológico e das telecomunicações a impedirem mais quedas. 

O continente prepara-se para dar início à sua "earnings season" esta semana, com gigantes europeus como a LVMH - dona de marcas como a Louis Vuitton e Möet et Chandon - e a tecnológica ASML a apresentarem resultados na terça e na quarta-feira, respetivamente. Os analistas esperam que os lucros das empresas que fazem parte do Stoxx 600 cresçam em 4,6% no terceiro trimestre do ano face ao período homólogo. 

Esta segunda-feira os investidores estão atentos as ações das empresas de apostas britânicas, depois de ter sido noticiado que o governo de Keir Starmer estará a ponderar duplicar os impostos sobre casinos e casas de apostas online. Empresas como a Flutter, a Entain e Evoke encontram-se a cair entre 7,7% e 13,6%, esta manhã.

Entre os principais índices da Europa Ociendetal, o alemão DAX valoriza 0,18%, o italiano FTSEMIB ganha 0,16%, o holandês AEX sobe 0,10% e o espanhol IBEX 35 regista ganhos de 0,08%. Por sua vez, o francês CAC-40 cai 0,29% e o britânico FTSE 100 perde 0,07%.

09h58

Juros franceses aliviam apesar de revisão em baixa do "outlook" pela Fitch

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro encontram-se a aliviar em toda a linha esta manhã. As "yields" francesas estão a recuar apesar de a agência de "rating" Fitch ter revisto em baixa o "outlook" do país para negativo na sexta-feira, indicando que o mercado já tinha incorporado esta decisão. 

Os juros da dívida francesa perdem 0,1 pontos base, para 3,035%, enquanto os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, mantêm-se inalterados em 2,264%. 

Por sua vez, a "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, cai em 0,5 pontos base, para 2,753%, enquanto em Espanha os juros da dívida com o mesmo vencimento cedem 0,6 pontos, para 3,003%. 

Itália regista o maior alívio, a esta hora, com a rendibilidade dos juros da dívida soberana do país a dez anos a caírem 1,5 pontos base para 3,542%. 
  
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, crescem 1,4 pontos base para 4,220%. 

09h45

Euro continua em queda face ao dólar. Renminbi perde com falta de estímulos

2023 não deverá ser de “sprints” nem de maratonas para o euro ou para o dólar norte-americano. A moeda única deverá continuar pressionada.

O euro está a negociar em baixa face ao dólar, numa altura em que os investidores preparam-se para um novo corte nas taxas de juro da Zona Euro e retiram de cima da mesa um alívio de 50 pontos base na política monetária norte-americana.

A divisa europeia recua 0,08% para 1,0928 dólares, com o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da "nota verde" em relação aos seus principais concorrentes – a negociar em máximos de dois meses e a crescer 0,13% para os 103,03 pontos, a esta hora.

O índice do dólar está ainda a beneficiar da valorização da divisa norte-americana face à moeda japonesa, ao crescer 0,18% para 149,40 ienes. Por sua vez, a libra perde 0,05% para 1,3060 dólares.

Já a divisa chinesa encontra-se a desvalorizar 0,2% em relação à "nota verde", depois de as autoridades chinesas terem apresentado um pacote de estímulos económicos que ficou aquém das expectativas do mercado. Apesar disto, o ministro das Finanças chinês afirmou que o país tem espaço para aumentar significativamente o seu défice para injetar mais adrenalina na economia e prometeu novas medidas ainda este ano.

09h35

Ouro recupera terreno com investidores à espera da Fed

Tal como as ações, as obrigações e o dólar, também o ouro será condicionado pelo discurso de Jerome Powell em Jackson Hole.

Os preços do ouro estão a recuperar das quedas registadas esta madrugada, numa altura em que os investidores se encontram a reavaliar o rumo que a Reserva Federal (Fed) norte-americana pode tomar em relação à política monetária da maior economia do mundo.

O metal precioso avança 0,16% para 2.660,88 dólares por onça, apesar de o dólar estar a valorizar em relação aos seus principais concorrentes. O ouro tende a ser penalizado pelo crescimento da "nota verde", uma vez que a compra deste metal é feita em dólares no mercado internacional.

Na semana passada foram conhecidos os dados da inflação na ótica do consumidor e do produtor nos EUA. A leitura de ambos ficou acima das expectativas do mercado, o que parece retirar um corte de 50 pontos base nas taxas de juro de cima da mesa, com os mercados à espera que a Fed opte pela prudência na próxima reunião.

Apesar das quedas mais recentes, os preços do ouro continuam a registar um saldo anual bastante positivo. Desde o início de 2024, o metal precioso já valorizou mais de 25%, à boleia de uma série de fatores, que incluem o início do ciclo de alívio da política monetária e uma corrida ao ouro por parte de vários bancos centrais. Como um ativo-refúgio, o metal amarelo beneficia ainda das tensões geopolíticas no Médio Oriente e da desaceleração económica das principais potências mundiais.

08h55

Petróleo em queda com falta de estímulos ao consumo chinês

O petróleo regressou às perdas, depois de as autoridades chinesas não terem apresentado novas medidas de estímulo ao consumo no país, como era antecipado pelos mercados. As pressões deflacionistas continuam a assombrar a segunda maior economia do mundo, com a variação mensal do índice de preços nos consumidores a avançar apenas 0,4% em setembro – contra as previsões de 0,6% dos analistas.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde 1,50% para os 74,43 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 1,52% para os 77,84 dólares por barril.

Os novos dados da inflação chinesa mostram uma procura interna anémica, numa altura em que a China – maior importador de petróleo do mundo – enfrenta o período de deflação mais longo desde a década de 1990.

Os investidores estão ainda atentos às movimentações no Médio Oriente. Israel já prometeu responder ao ataque iraniano de 1 de outubro e, de acordo com alguns órgãos de comunicação, o governo de Benjamin Nethanyahu já escolheu os alvos para a retaliação. No fim de semana, um ataque do Hezbollah matou quatro soldados israelitas e o Pentágono anunciou que iria enviar um sistema antimísseis avançado para Israel, em conjunto com tropas norte-americanas para o operar. 

"A procura chinesa está a ofuscar as preocupações com uma nova escalada do conflito no Médio Oriente, que pode vir a diminuir o fluxo de barris de petróleo no mercado internacional", explica Priyanka Sachdeva, analista da Philip Nova, à Bloomberg.

08h02

"Esperança" regressa ao mercado, mas investidores continuam céticos. Ásia e Europa sem rumo

As bolsas asiáticas encerraram a primeira sessão da semana em terreno misto, com os investidores a digerirem a mais recente reunião política realizada no sábado pelas autoridades chinesas. 

Os mercados esperavam que o ministro das Finanças do país apresentasse um grande pacote de estímulos económicos, no valor de três biliões de yuans (cerca de 258,67 mil milhões de euros, ao câmbio atual), num "briefing" realizado no sábado. As expectativas acabaram por sair furadas, mas Lan Fo’an deu, novamente, sinais que novas medidas poderiam ser apresentadas no futuro – especialmente para o setor imobiliário -, afirmando que o governo chinês tem um espaço "bastante grande" para aumentar o défice.

Os investidores reagiram com um entusiasmo moderado a este anúncio, com o CSI 300, "benchmark" da China Continental, a mostrar grande volatilidade na negociação esta segunda-feira. No entanto, encerrou a sessão em alta, ao crescer 2%, indicando que a "esperança voltou a ser o sentimento dominante no mercado", como afirma Xin-Yao Ng, da abrdn Asia, à Bloomberg.

"[Os investidores] vão entrar agora numa era de ‘ver para crer’, à espera de números reais e mais detalhes sobre o consumo no país e medidas para o setor imobiliário, que faltaram", concluiu. O entusiasmo alastrou-se ainda para Xangai, com o Shanghai Composite a valorizar 2,1%. No entanto, em Hong Kong, o Hang Seng seguiu a trajetória contrária e acabou por desvalorizar 0,04%, pressionado pelas ações tecnológicas.

Nas restantes principais praças asiáticas, a japonesa esteve encerrada devido a feriado, enquanto o Kospi sul-coreano avançou 1%. Pela Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura sem rumo definido, com o Euro Stoxx 50 praticamente inalterado no "pre-market".

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