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Trabalhadores dos bares dos comboios da CP suspendem greve após acordo para aumentos

A paralisação iria acontecer a partir deste sábado.

Não há comboios noturnos de Portugal para Espanha e para França desde março de 2020.
Marta Vitorino
10 de Fevereiro de 2024 às 11:09
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Os trabalhadores dos bares dos comboios de longo curso da CP suspenderam a greve que iriam cumprir a partir de hoje após os representantes sindicais terem chegado a acordo com a Newrail para aumentos salariais de 10%.

"A greve foi suspensa porque houve um acordo negociação de aumentos salariais de 10%" disse à Lusa Luis Trindade, da direção do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul.

A greve que foi suspensa, na sequência deste acordo, teria início hoje e estava marcada por tempo indeterminado, com a exigência de "aumentos salariais dignos" a integrar o leque de reivindicações, a par do "pagamento do trabalho suplementar", "melhores condições de trabalho", "cumprimento integral do Acordo de Empresa" e "contra o encerramento e restrições dos serviços de cafetaria e bar nos comboios".

No comunicado em que anunciou a greve, o sindicato referia que "apesar dos problemas reiterados com a concessão do serviço de cafetaria e bar nos comboios de longo curso [Intercidades e Alfa Pendular] ao longo dos anos a CP optou por voltar a concessionar este serviço a privados através de um contrato de milhões assinado em 2023 com a Newrail, recusando internalizar o serviço e integrar os trabalhadores nos seus quadros".

A estrutura sindical assinala que "em 2024 o contrato com a Newrail foi renovado por um período mínimo de 3 meses e um máximo de 6 meses", indicando que em 2023 "os valores atribuídos à Newrail tinham como objetivo pagar os salários em atraso aos 130 trabalhadores e normalizar o serviço de cafetaria e bar nos comboios".

Neste momento está a decorrer um concurso internacional para a concessão da exploração do serviço, mas tal não constituiu "impedimento que se negociassem aumentos" salariais, referiu Luís Trindade.
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