A Telefónica já divulgou os termos das ofertas públicas de troca (OPT) a realizar no Brasil. Deste modo a operadora espanhola propõe 36 acções da Telefónica por cada 56 mil títulos da Telesp, e em relação às acções preferenciais, serão oferecidos 48 títulos por cada 37 mil da operadora brasileira.

Já no que diz respeito à operação com a TeleSudeste, serão atribuídas 12 acções por cada 54 mil da operadora espanhola e, no caso das acções preferenciais, são oferecidas 24 acções por cada 55 mil acções. No entanto, a Telefónica já informou que realizará a operação nos Estados Unidos, colocando em pé de igualdade os titulares de ADR da Telesp e os accionistas brasileiros. Contudo, a Telefónica informou que a operação ainda carece de aprovação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Estes valores reflectem um prémio de cerca de 40% sobre a cotação média dos últimos cinco dias das empresas.

Para realizar esta operação, de modo a controlar a totalidade do capital das suas subsidiárias na América Latina, a Telefónica já anunciou que irá propor aos seus accionistas um aumento de capital de 21,04 mil milhões de euros (4,22 mil milhões de contos). Caso seja aprovado este aumento de capital, o maior da história espanhola, a Telefónica verá a sua capitalização bolsista disparar para valores superiores a 90 mil milhões de euros (18,07 mil milhões de contos). A Telefónica comunicou ainda às autoridades brasileiras a intenção de cotar nas Bolsas do Brasil.

As acções das empresas da América Latina envolvidas neste processo dispararam no inicio da sessão. A Telefónica Argentina disparou quase 30%, enquanto no Brasil, antes de estarem suspensas, as acções da Telesp encontravam-se a ganhar 16%.

As acções da Telefónica fecharam, hoje, nos 24,45 euros (4.901 escudos), que corresponde a uma subida de 6,07%.