A TAP-Air Portugal suspendeu todas as negociações com os Sindicatos de Pessoal de Terra, depois destes terem apresentado ontem um pré-aviso de greve, sublinhando que não irá «ceder a uma lógica suicida», segundo um comunicado assinado pelo administrador-delegado da transportadora, Fernando Pinto.

« A questão salarial na TAP tem sido, e continuará a ser, equacionada no quadro do Plano de Recuperação da Empresa. Infelizmente, as propostas dos Sindicatos continuam a ignorá-lo e a apresentação, ontem, do pré-aviso de greve denuncia uma intenção clara de ruptura que nos obriga a suspender todas as conversações», de acordo com o referido comunicado.

Fernando Pinto, que assumiu funções há cerca de um ano, sublinhou ainda que «não cedi no passado e não vou ceder agora a uma lógica suicida», referindo que sempre deixou «bem claro que esta companhia teria que fazer sacrifícios para poder ser viável».

A mesma fonte considerou ainda que a atitude dos sindicatos que entregaram ontem o pré-aviso de greve «revela uma total insensibilidade perante acontecimentos de consequências imprevisíveis» que ocorreram nos Estados Unidos (EUA)», com a vaga de atentados terroristas que teve lugar ontem, e que deverá obrigar a TAP e as suas congéneres «a uma grande ponderação face aos potenciais efeitos para o nosso sector».

O responsável da TAP sublinhou que «os resultados conseguidos até agora demonstram que é possível salvar a TAP», referindo ainda que nunca defendeu «despedimentos em massa» ou «reduções salariais» na transportadora aérea.

Como resultados dos atentados que atingiram ontem os EUA, a TAP viu-se forçada a cancelar vários voos para o continente americano durante os dias de ontem e hoje.

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