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TAP recusa rever metas para 2003

A administração da TAP mantém a previsão de lucros e recusa-se a rever em baixa os valores orçamentados, não obstante, estes terem sido elaborados no início de 2001, quando não era possível prever os revezes vividos entretanto no sector.

25 de Julho de 2003 às 18:45
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A administração da TAP mantém a previsão de lucros e recusa-se a rever em baixa os valores orçamentados, não obstante, estes terem sido elaborados no início de 2001, quando não era possível prever os revezes vividos entretanto no sector.

É muito difícil atingir a meta de lucros de 12 milhões de euros, reconheceu o administrador-delegado Fernando Pinto em conferência de imprensa para apresentar os resultados do primeiro semestre. «Mas vamos manter a meta, porque a empresa e os trabalhadores precisam de um objectivo para estar mobilizados», disse.

«Até agora tivemos dois meses fora do orçamento, se não houver mais dois meses assim, ainda é possível chegar ao final do ano com lucros», disse o gestor.

Mas este será de longe o maior desafio para a TAP, que conseguiu cumprir as metas em 2001 e em 2002. Fernando Pinto admitiu, contudo, que também era possível que tal não acontecesse.

Numa conferência de imprensa marcada pelo mal-estar causado pela fuga de informação relativa aos resultados da companhia que, segundo os responsáveis da TAP, foram divulgados de forma «distorcida», a empresa procurou realçar os aspectos positivos verificados no primeiro semestre.

Os custos operacionais da TAP ficaram 45 milhões de euros abaixo do orçamento no final do primeiro semestre de 2003.

Este é, para já, o resultado do esforço de contenção de custos. Em relação ao primeiro semestre de 2002, os custos caíram 10 milhões de euros, reflectindo, segundo o administrador financeiro Michael Connely, a capacidade da empresa em ajustar-se à redução de receitas de 11 milhões de euros (menos 2%) verificada também no final de Junho.

A gestão da transportadora quis sublinhar a evolução positiva conseguida em alguns indicadores, não obstante a performance negativa dos resultados operacionais - perdas de 36,8 milhões de euros que representam um desvio superior a 800% face ao orçamento e um agravamento de 13% face a Junho de 2002.

Embora tenham sido sobretudo os elementos extraordinários positivos a permitir que os resultados líquidos tenham ficado próximo do orçamento (apenas 6% abaixo), Michael Connelly realçou que, nesta rubrica, houve também dados negativos como uma provisão de sete milhões de euros para o reforço do programa de passageiro frequente.

Na prática, os elementos extraordinários contribuíram com um efeito positivo de 16 milhões de euros.

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