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TAP levanta caderno de encargos do leilão da Varig

Onze empresas, entre elas a portuguesa TAP, já levantaram o caderno de encargos do leilão da Varig, que decorrerá segunda-feira, no Rio de Janeiro, divulgou hoje a empresa aérea brasileira.

31 de Maio de 2006 às 15:27
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Onze empresas, entre elas a portuguesa TAP, já levantaram o caderno de encargos do leilão da Varig, que decorrerá segunda-feira, no Rio de Janeiro, divulgou hoje a empresa aérea brasileira.

Entre as empresas que também retiraram os cadernos do leilão da Varig, que contêm as normas para a venda da empresa, estão ainda as líderes do mercado brasileiro, TAM e Gol, além da Ocean Air e da BRA.

O comunicado da Varig informou ainda que a sala de informações, com os dados e relatórios sobre a empresa, será aberta aos interessados em participar no leilão a partir de hoje até domingo.

«A Varig montou um esquema especial para garantir total sigilo nas informações, sendo que os investidores interessados terão acesso às informações em salas individuais, onde poderão trabalhar reservadamente, acompanhados de suas respectivas equipas», referiu o comunicado.

Os interessados terão igualmente «à disposição representantes da directoria da Varig para esclarecer todas as dúvidas que possam surgir enquanto estiverem a fazer as suas análises e prospecções».

A empresa interessada em ter acesso à sala de informações tem de comparecer na sede da Varig e pagar uma taxa no valor de 60 mil reais (20 mil euros).

A antecipação do leilão da Varig, inicialmente marcado para Julho, foi anunciada pelo juiz do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, responsável pelo processo de recuperação da empresa aérea brasileira.

Luiz Roberto Ayoub, da 1ª Vara Empresarial, informou que o futuro controlador da Varig não se responsabilizará pelas dívidas laborais e tributárias da companhia aérea, actualmente em cerca de sete mil milhões de reais (2,3 mil milhões de euros).

A empresa vencedora do leilão terá que efectuar um pagamento de 75 milhões de dólares, em até três dias após a aquisição, para que sua proposta seja analisada pelo Tribunal do Rio de Janeiro.

A proposta deverá também ser analisada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o regulador brasileiro do sector, num prazo máximo de 60 dias, segundo as regras definidas para o leilão.

Caso a empresa vencedora não seja aprovada, dentro das análises financeira, jurídica e de regulação, o processo continuará com a análise da empresa que apresentar a segunda maior proposta.

No início de Maio, uma assembleia de credores da Varig aprovou a venda da companhia através de um leilão pelo preço mínimo de 860 milhões de dólares. Caso esse valor não seja alcançado, os interessados poderão apresentar propostas de aquisição da operação da Varig apenas no Brasil, pelo preço mínimo de 700 milhões de dólares.

As empresas estrangeiras também poderão participar de consórcios para disputar o leilão, desde que tenham apenas 20% de participação, limite máximo permitido pela legislação brasileira.

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