A Sony já está a enfrentar a primeira acção judicial na sequência do ataque informático que foi feito à rede digital da PlayStation. Além disso, a Irlanda, o Reino Unido e o Estado norte-americano de Connecticut estão a pedir mais informações à empresa.

O processo judicial foi entregue ontem no tribunal federal de São Francisco, nos EUA, e acusa a Sony de ter demorado muito tempo a comunicar aos utilizadores que os seus dados pessoais tinham sido roubados.


A empresa anunciou ontem que vários dados, incluindo detalhes dos cartões de crédito, nomes, e-mails e palavras-chave, podem ter sido roubados num ataque que pode ter afectado 77 milhões de jogadores. Inicialmente, a empresa tecnológica suspendeu o serviço, mas só seis dias depois é que avisou os utilizadores que a informação pessoal tinha sido obtida por uma “pessoa não autorizada”.

Segundo a Bloomberg, o processo judicial pretende representar as pessoas que compraram a PlayStation e subscreveram o seu serviço PlayStation Network ou o Qriocity e “sofreram a perda do serviço e uma falha na segurança”.

“Os consumidores e os comerciantes estiveram expostos a uma das acções que mais comprometeram a segurança da internet e à possibilidade de ocorrer a maior fraude de cartões de crédito na história dos Estados Unidos”, refere a queixa.

Os reguladores dos EUA e da Europa estão a procurar informação sobre a falha na rede da empresa. A equivalente britânica à Comissão de Protecção de Dados iniciou ontem um inquérito e a irlandesa pediu um relatório à Sony, o mesmo que fez o Procurador-Geral de Connecticut.

Sony cai 4,5% na bolsa nacional

Depois de afundar de forma acentuada após o terramoto de 11 de Março no Japão, a Sony enfrenta agora uma nova queda intensa na bolsa nipónica.

Hoje, num dia em que o índice bolsista japonês, o Nikkei 225, somou 1,3%, a tecnológica fechou a perder 4,48% para 2.260 ienes, embora tivesse chegado a afundar 5,16%, tocando no valor mínimo desde o terramoto de 11 de Março de 2011. Ontem, tinha-se já desvalorizado 2,03%.