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Sonae SGPS regista prejuízos trimestrais de 12,66 milhões de euros (act.2)

A Sonae SGPS registou prejuízos de 12,66 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, números que representam um agravamento de 6,56% em termos homólogos. As vendas cresceram 7,27% para os 1,54 mil milhões de euros.

29 de Abril de 2002 às 20:37
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(acrescenta resultados da Sonae Imobiliária)

A Sonae SGPS registou prejuízos de 12,66 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, números que representam um agravamento de 6,56% em termos homólogos. As vendas cresceram 7,27% para os 1,54 mil milhões de euros, anunciou a empresa.

No mesmo trimestre de 2001, a «holding» liderada por Belmiro de Azevedo havia registado resultados líquidos negativos em 11,88 milhões de euros.

A Sonae SGPS [SON] sublinhou que os principais contributos para o aumento do volume de negócios consolidado «vieram das telecomunicações, derivados de madeira e dos centros comerciais».

Os resultados operacionais da empresa aumentaram 52,75% para os 28,59 milhões de euros, enquanto os resultados financeiros degradaram-se em 26,66% para os 42,68 milhões de euros negativos.

A melhoria verificada ao nível dos resultados operacionais esteve relacionada com a maior «rendibilidade dos negócios dos derivados de madeira e dos centros comerciais», explicou a mesma fonte.

O «cash flow» operacional da empresa, ou EBITDA, ascendeu aos 135,2 milhões de euros entre Janeiro e Março últimos, números que representam um incremento homólogo na ordem dos 32%.

Investimentos diminuem 42,5%

No decorrer do primeiro trimestre deste ano, a Sonae SGPS investiu um total de 207 milhões de euros, 42,5% abaixo dos 360 milhões de euros investidos no mesmo período de 2001.

A Sonae Indústria realizou investimentos de 31,5 milhões de euros, enquanto a Modelo Continente [MCON] investiu 47,4 milhões de euros, com a Sonae Imobiliária a ser responsável por outros 76,5 milhões de euros e a SonaeCom [SNC] por 35,9 milhões de euros.

Na subsidiária para as telecomunicações, o investimento foi dirigido ao desenvolvimento de infra-estruturas, com 72% do total a pertencer à Optimus e o remanescente à operadora fixa Novis.

Endividamento aumenta em 403 milhões de euros

No final de Março, o endividamento líquido da Sonae SGPS ascendia a 3,9 mil milhões de euros, mais 403 milhões de euros que no final do trimestre anterior, devido à «sazonalidade da evolução das rubricas de fundo de maneio», justificou a empresa.

O passivo da Sonae SGPS aumentou 23,59% para os 6,56 mil milhões de euros, ao passo que o activo líquido cresceu 17,9% para os 8,38 mil milhões de euros, segundo a mesma fonte.

Sonae SGPS «optimista» face a futuro

A empresa sublinhou que «a diversificação de riscos que o portfolio de negócios da Sonae espelha permite-nos encarar o futuro próximo com optimismo», apesar da economia portuguesa estar numa «encruzilhada» e da «instabilidade nas economias da América do Sul».

Segundo a empresa, nos derivados de madeira, a Sonae Indústria [SONA] «está a consolidar as bases produtivas com elevada eficiência», resistindo à «pressão competitiva» nos mercados onde actua.

Por seu turno, a Modelo Continente [MCON] «detém posições fortes» nos seus mercados, que lhe deverão permitir «manter o rumo da expansão» e a aposta na diversificação de formatos, apesar do aumento da concorrência.

Na Sonae Imobiliária, a empresa espera atingir «níveis de rentabilidade acrescidos», prevendo efectuar novos investimentos, «sobretudo na Europa, através da experiência adquirida em Portugal».

Nas telecomunicações, em que está presente através da SonaeCom [SNC], o grupo prevê «um ambiente concorrencial mais agressivo, agravado pela inacção do regulador (Anacom)».

A SonaeCom contestou recentemente o negócio na venda da participação detida pela Electricidade de Portugal (EDP) [EDP] na Optimus à Thorn Finance, um negócio que não foi impedido pelo órgão regulador do mercado das telecomunicações nacionais.

Ainda no mercado das telecomunicações, a Sonae SGPS adiantou que encara «as adversidades pela positiva», depois de recentemente ter firmado um acordo com a Vodafone Telecel [TLE] para a construção e manutenção conjunta de infra-estruturas.

Lucros da Sonae Imobiliária mais que duplicam

Os resultados líquidos trimestrais da Sonae Imobiliária mais que duplicaram face ao primeiro trimestre de 2001, passando dos 16,3 para os 36,4 milhões de euros.

Os proveitos operacionais cresceram 15,1% para 76,2 milhões de euros, impulsionados pelo aumento das rendas, pela abertura do MadeiraShopping, do AlgarveShopping e do Parque Principado (Oviedo), pela aquisição de 50% do Arrábida Shopping pelo aumento das vendas na promotora imobiliária Predium.

Os resultados financeiros foram negativos em 4,5 milhões de euros, face aos 700 mil euros registados no período homólogo, em «consequência do esforço de investimento continuado e do aumento da carteira de centros em operação».

As acções da Sonae SGPS encerraram hoje inalteradas nos 0,89 euros.

Por João Mata

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