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Sonae Indústria aumenta lucros para 23 milhões
A Sonae Indústria obteve um resultado líquido de 23 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, um valor que representa uma subida de 57% em termos comparáveis, ou seja, excluindo o contributo da Gescartão no ana passado. Para a terceiro trimestre a
A Sonae Indústria obteve um resultado líquido de 23 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, um valor que representa uma subida de 57% em termos comparáveis, ou seja, excluindo o contributo da Gescartão no ana passado. Para a terceiro trimestre a empresa aguarda uma queda do EBITDA.
Num comunicado, a Sonae Indústria [sona] afirma que os lucros do primeiro semestre deste ano foram de 23 milhões de euros, mais 8 milhões de euros que o valor pró-forma obtido o ano passado e que compara com os 17 milhões de euros obtidos nos primeiros seis meses e 2004, tendo ainda em conta o contributo da Gescartão, empresa que foi entretanto alienada aos espanhóis da Europac.
«Este desempenho resulta da estratégia que tem sido seguida, em particular
com um enfoque na margem e não na quota de mercado, na contenção de custos e no reforço da estrutura financeira da empresa», refere Carlos Bianchi de Aguiar, presidente da Comissão Executiva da Sonae Indústria.
O volume de negócios, também em base comparável, subiu 5% para 737 milhões de euros, com a empresa a explicar que os preços médios mais elevados, em 0,7%, compensaram a queda de 2,1% nos volumes de vendas.
O EBITDA, ou «cash flow» operacional, subiu 13% para os 116 milhões de euros, tendo a margem EBITDA melhorado um ponto percentual para 15,7%.
A Sonae Indústria afirma que foi afectada de forma negativa pelos níveis elevados do preço do petróleo, que penalizaram os custos variáveis «sobretudo o das resinas, o qual sofreu um aumento de cerca de 20% face ao primeiro semestre de 2004».
A companhia cita ainda na «França e na Alemanha, um abrandamento na procura que foi compensado com volumes de vendas mais elevados nos outros mercados».
O volume de negócios consolidado da Península Ibérica aumentou em 7,6% face ao período homólogo do ano transacto, tendo a empresa registado quedas nos volumes de venda na França, Alemanha, Reino Unido, Canadá. No Brasil e África do Sul a empresa registou uma melhoria nas vendas.
Sonae Indústria atenta a consolidações, antevê queda do EBITDA
No comunicado onde analisa os resultados do primeiro semestre, o CEO da Sonae Indústria cita o aumento nos movimentos de consolidação que ocorreram no sector e diz que «acompanhamos atentamente estes movimentos e iremos analisar qualquer oportunidade que possa contribuir para melhorar a nossa posição competitiva».
A alemã Pfleiderer comprou a também alemã Kunz (com operações na Alemanha e no Canadá), a espanhola Finsa comprou a portuguesa Jomar e a belga Unillin foi comprada pela norte-americana Mohawk.
Nas perspectivas para o resto do ano a Sonae Indústria cita os preços elevados do petróleo como factor de pressão na rentabilidade e aguarda uma queda no EBITDA do terceiro trimestre (contra o segundo e terceiros trimestres) devido ao «nível de actividade mais reduzido durante o período de férias de Verão» no sector de painéis derivados de madeira.
As acções da Sonae Indústria fecharam hoje a subir 5,31% para os 5,35 euros.