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TSF: Só 6% da linha de crédito para Angola foi utilizada

A linha foi lançada com um valor de 500 milhões de euros, mas devido à falta de procura foi reduzida para os 100 milhões. O custo e as condições da linha estão entre as razões para a fraca procura.

Reuters
04 de Abril de 2016 às 11:27
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A linha de crédito foi lançada pelo anterior Governo há um ano com o objectivo de apoiar as empresas em Angola. Mas até ao momento só foram aprovadas 15 operações, avança a TSF esta segunda-feira, 4 de Abril, que cita dados da PME Investimentos, a gestora desta linha de crédito.

A linha foi lançada com um valor de 500 milhões de euros, mas devido à falta de procura já foi reduzida para os 100 milhões. No total, foram utilizados perto de seis milhões de euros, o que dá uma taxa de execução de 6%.

As pequenas empresas, com 18 trabalhadores em média, foram os principais beneficiários desta medida. Mas se forem contabilizadas apenas as operações em que os contratos já foram assinados, o crédito foi concedido em três casos num valor de 800 mil euros.

Contactado pela TSF, o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, Reis Campos, aponta que "quer o custo quer as condições da linha de crédito tornaram este mecanismo desinteressante".

Já António Saraiva da CIP aponta que devia ter sido estabelecida a contratualização de linhas de apoio também com o Estado angolano para garantir obras em Angola.

A linha de crédito foi lançada em Abril de 2015 pelo anterior ministro da Economia, Pires de Lima, num momento em que a economia angolana começava a abrandar devido à queda do preço do petróleo, que é responsável pela maioria das receitas do Estado angolano.

A linha destina-se a empréstimos de curto e médio prazo com cada empresa a poder candidatar-se a 1,5 milhões de euros, com spreads de 2,25% a 3,75%.

Fruto da queda de receitas fiscais e do abrandamento da economia, as empresas portuguesas estão a sentir na pele as consequências económicas. O sector da construção civil chegou a contar com 10 mil empresas com 200 mil trabalhadores em Angola, mas desde o início da crise que já saíram do país 80 mil trabalhadores.
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