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Sindicato dos ferroviários entrega pré-aviso para greve em Agosto e Setembro

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário entregou hoje um pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário, em feriados e dias de descanso em protesto pela suspensão do Acordo de Empresa, disse hoje à Lusa o coordenador do sindicato.

13 de Julho de 2012 às 11:14
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A greve deverá durar entre 1 de agosto e final de setembro, afirmou José Manuel Oliveira.

A medida, hoje divulgada pelo Diário Económico, foi decidida na sequência de uma reunião realizada na terça-feira entre este sindicato e a administração da Refer, na qual esta anunciou a suspensão do Acordo de Empresa.

"Na terça-feira, a Refer reuniu com o sindicato e transmitiu [a informação] que, com o argumento que o novo Código do Trabalho impõe que, a partir de 1 de agosto, sejam suspensas as regras do pagamento do trabalho extraordinário, irá suspender o Acordo de Empresa no que a essa matéria diz respeito", contou à Lusa o sindicalista.

"Isto quer dizer que os trabalhadores que futuramente possam prolongar o seu horário de trabalho ou abdicarem do seu dia de descanso ou dia feriado para estarem ao serviço da empresa serão remunerados com um valor muito inferior àquele que está estipulado pelo Acordo de Empresa", explicou.

Para José Manuel Oliveira, esta decisão vai provocar, por um lado, uma desmotivação dos trabalhadores e, por outro, uma maior indisponibilidade para trabalhar em dias de descanso.

"Para salvaguardar uma forma de protesto em que os trabalhadores queiram recusar esse trabalho, o sindicato entregou um pré-aviso de greve a partir do dia 1 de agosto ao trabalho extraordinário, em dia de descanso semanal e em dia de feriado", referiu.

"Tendo em conta que agosto é um mês de férias - em que, normalmente, o recurso ao trabalho extraordinário é maior -, poder-se-ão verificar perturbações na organização da circulação ferroviária", admitiu o coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário.

Ainda assim, o sindicalista admite poder endurecer as medidas de protesto.

"Esta foi a primeira iniciativa de resposta", afirmou, lembrando que "a administração tem dito que, pelo facto de ter mantido as regras do Acordo de Empresa nestes dois últimos anos, tem tido uma situação de paz social, ao contrário de outras empresas do setor".

No entanto, este sindicato vai reunir na próxima semana com outras organizações sindicais e com a comissão de trabalhadores da Refere para discutir medidas mais alargadas de protesto.

A agência Lusa tentou ouvir a administração da Refer, mas ainda não obteve resposta.

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