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Sindicato dos Jornalistas preocupado com adesão da Global Media à retoma progressiva

Manifestando "toda a solidariedade" para com os trabalhadores, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) sublinha, em comunicado, o impacto que a decisão da Global Media Group (GMG) vai ter na vida pessoal dos trabalhadores, "aos quais se vai pedir maior esforço pelo mesmo ou menor salário".

21 de Abril de 2021 às 19:44
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O Sindicato dos Jornalistas manifestou hoje "profunda preocupação" com a Global Media, que comunicou a adesão do grupo ao apoio à retoma progressiva, o que vai implicar cortes para salários brutos superiores a 1.995 euros por mês.

Manifestando "toda a solidariedade" para com os trabalhadores, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) sublinha, em comunicado, o impacto que a decisão da Global Media Group (GMG) vai ter na vida pessoal dos trabalhadores, "aos quais se vai pedir maior esforço pelo mesmo ou menor salário".

De acordo com o comunicado do SJ, a adesão à medida do apoio extraordinário à retoma progressiva (criada em agosto na sequência do 'lay-off' simplificado) vai implicar uma redução de até 40% do horário de trabalho.

O plano, tal como já tinham avançado à Lusa trabalhadores da dona do Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN) e TSF, entre outros títulos, começará a ser aplicado a partir de 05 de maio até ao final de setembro -- mês em que está previsto terminar o apoio à retoma progressiva, uma das medidas criadas para mitigar o impacto da pandemia de covid-19.

Em comunicado, o Sindicato de Jornalistas refere que o plano poderá "pôr em causa a qualidade do jornalismo que é produzido pelos diversos órgãos daquele que é o maior grupo privado de comunicação social", até porque acontece, lembra, "seis meses depois de um despedimento coletivo (de 81 trabalhadores, entre eles 17 jornalistas), que apenas não visou a TSF.

Este despedimento antecedeu a entrada do acionista maioritário Marco Galinha, do Grupo Bell, em setembro do ano passado, refere o SJ, assinalando que "cerca de meio ano depois, a situação financeira do GMG" serve para justificar a adesão a este novo plano, "apesar de a administração ter assumido que há sinais positivos nos vários órgãos do grupo".

"O SJ estranha este cenário, mais ainda porque há poucas semanas houve novas contratações e investimentos, bem como promessas de aumentos em alguns meios de comunicação social do grupo e espera que a adoção do mesmo não seja um paliativo para a aplicação de outro tipo de medidas mais prejudiciais para os trabalhadores", sublinha.

O SJ adianta ainda ter pedido, na semana passada, uma reunião urgente ao presidente do conselho de administração (CA) do GMG, "a propósito dos atrasos no pagamento aos colaboradores", relativo a trabalhos realizados em fevereiro, "situação que, à data de hoje, se mantém para alguns deles".

"A resposta chegou hoje apenas com a indicação de que Marco Galinha atenderá o pedido de reunião em 'data a conjugar' na agenda", assinala o comunicado.
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