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Semapa admite reduzir posição na Portucel

Pedro Queiroz Pereira admite reduzir a participação de 67% que a Semapa tem na Portucel, acompanhando o Estado no processo de privatização de 25% anunciado pelo Governo, com o objectivo de dar um maior «free float» à empresa no futuro. O presidente da Sem

23 de Fevereiro de 2006 às 12:34
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Pedro Queiroz Pereira admite reduzir a participação de 67% que a Semapa tem na Portucel, acompanhando o Estado no processo de privatização de 25% anunciado pelo Governo, com o objectivo de dar um maior «free float» à empresa no futuro. O presidente da Semapa, accionista maioritário da Portucel, salientou que pretende contudo manter o controlo accionista.

«Temos interesse naquilo [dispersão de cerca de 40% do capital da empresa em bolsa, resultante da soma de 25% do Estado e 15% do accionista privado] que o Estado nos pediu», afirmou o presidente da Semapa, à margem do anúncio do novo plano de investimentos de 900 milhões de euros do grupo Portucel Soporcel.

Pedro Queiroz Pereira disse no entanto que lamenta a saída do Estado, «porque não é um mau sócio». O objectivo do Governo é alienar a sua posição na Portucel ainda este ano.

Com esta eventual dispersão do capital em bolsa, a Portucel visa dar uma maior visibilidade à empresa nos mercados de capitais português e europeu. O presidente do conselho de administração da Portucel, José Honório, explicou ainda que desta forma «podemos encontrar novos parceiros para o financiamento de futuros projectos de investimento».

A empresa garantiu aos jornalistas que «ainda não teve qualquer tipo de conversações com o Governo sobre o IPO ou sobre seja o que for». José Honório diz que vê com dificuldade que haja um afogamento no mercado com a colocação de 40% do capital em bolsa, conforme os analistas prevêem.

Para manter o controlo da empresa, a Semapa pode vender 15% do capital da Portucel, o que em conjunto com os 25% detidos pelo estado, perfaz 40%. A colocação deste capital em bolsa subirá o «free float» da Portucel para mais de 40%, sendo que actualmente ascende a cerca de 3%.

O ministro da Economia escusou-se a avançar detalhes sobre o modelo e calendário da privatização da Portucel.

As acções da Portucel continuam suspensas em bolsa, com a CMVM a aguardar mais esclarecimentos sobre o investimento de 900 milhões hoje anunciado.

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