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Santa Casa cancela parceria para jogos e lotarias em Brasília
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) cancelou a parceria com o Banco de Brasília para explorar jogos e lotarias neste estado brasileiro, avança nesta segunda-feira o Público.
O jornal escreve que a parceria foi cancelada na sequência da auditoria externa à Santa Casa Global (SCG), empresa criada para levar a cabo o projeto de internacionalização da SCML durante o período em que esta era liderada por Edmundo Martinho, e que apontará para "procedimentos que não cumpriram as normas em vigor e indícios de irregularidades", segundo indicou já a atual provedora da instituição, Ana Jorge.
No Brasil, a auditoria a cargo da consultora internacional BDO terá descoberto uma rede complexa de mais de uma dezena de sociedades e sócios.
A parceria com o Banco de Brasília, anunciada em abril deste ano, terá sido concretizada através da criação da empresa BRB Lotarias, da qual a SCG Holding deteria 49,9% do capital (com a SCG Portugal a ter 80,1% do capital social desta holding), indica o Público.
Porém, logo em maio o Tribunal de Contas do Distrito Federal terá determinado a suspensão do negócio, pedindo esclarecimentos sobre a competência do Banco de Brasília no âmbito da exploração de jogos sociais e lotarias e sobre os procedimentos do processo.
Segundo o Público, o arrastar deste processo terá dado oportunidade à SCML de cancelar a parceria com o banco sem custos. De contrário, a Santa Casa teria de avançar com 14 milhões de euros.
Segundo as informações já prestadas pela atual provedora da SCML no Parlamento, a Santa Casa Global tinha autorização para aplicar cinco milhões de euros no projeto de internacionalização, mas terão sido realizadas transferências superiores a 27 milhões de euros.