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San José investe em Cabo Verde a partir de Portugal

A sucursal portuguesa do grupo de construção espanhol San José criou uma filial em Cabo Verde para explorar o mercado imobiliário local, tendo recentemente arrancado com a sua primeira obra em território cabo-verdiano, no valor de 7,5 milhões de euros.

20 de Janeiro de 2004 às 08:04
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A sucursal portuguesa do grupo de construção espanhol San José criou uma filial em Cabo Verde para explorar o mercado imobiliário local, tendo recentemente arrancado com a sua primeira obra em território cabo-verdiano, no valor de 7,5 milhões de euros.

Trata-se de uma obra contratada por uma congregação religiosa mexicana, que inclui a construção de uma escola, residência, pavilhão, igreja e um campo de futebol, e deverá ficar concluída dentro de um ano.

“De acordo com as directrizes do grupo San José, Portugal servirá também de base à nossa internacionalização para o Brasil e Angola, mercados que estão a ser alvo de prospecção e onde prevemos instalar-nos, talvez ainda durante este ano”, revelou Nilton Ramos, director-geral da construtora no nosso país, ao Jornal de Negócios na sua edição de hoje.

As proximidades linguística e cultural são apontadas como principais factores que justificam a decisão do grupo espanhol de fazer da sua representação em Portugal a plataforma de internacionalização da San José para os países de expressão portuguesa.

Em Portugal desde 1990, a San José opera no nosso país com quatro sociedades, dedicadas à construção civil e obras públicas, reabilitação de edifícios e promoção imobiliária.

Nesta última área de negócio, a San José tem em desenvolvimento, no Porto, um conjunto de projectos que envolve um investimento global da ordem dos 42,5 milhões de euros (excluindo o valor dos terrenos).

Cerca de 16 milhões de euros destinam-se à construção de um centro empresarial, constituído por uma torre de 18 andares e um edifício de quatro pisos, em plena Avenida da Boavista, junto aos acessos à Via de Cintura Interna e nas proximidades do renovado Estádio do Bessa.

O empreendimento do Burgo, que terá 16.700 metros quadrados de área de escritórios e 1.300 metros quadrados de superfície comercial, para além de um parque de estacionamento subterrâneo, já está comercializado em cerca de 20%.

Gizado pelo arquitecto Souto Moura, o projecto tem cerca de uma dezena de anos e foi inicialmente projectado para servir de sede institucional ao BPI. Este grupo financeiro acabou por sedear-se noutro local, tendo os terrenos do Burgo sido entretanto vendidos à San José. Principiadas as obras no final do ano passado, o empreendimento tem conclusão prevista para dentro de dois anos.

A San José tem ainda em curso, ou com arranque previsto para este ano, um conjunto de quatro projectos de cariz habitacional, visando a construção de 220 apartamentos e que envolvem um investimento global de 26,5 milhões de euros. Dois dos investimentos visam a conclusão da Urbanização Porto Douro, na zona portuense do Campo Alegre.

Da actual carteira de encomendas da construtora fazem ainda parte, entre outras obras, um edifício com uma centena de apartamentos no Parque das Nações (no valor de 12 milhões de euros) e um hotel (cinco milhões de euros), ambos em Lisboa.

A empresa de reabilitação de edifícios do grupo, a Udra, ganhou entretanto um concurso municipal para a Baixa lisboeta, no valor de cinco milhões de euros.

A sucursal portuguesa da San José fechou o exercício de 2003 com um volume de negócios “próximo dos 48 milhões de euros”, contra os 47,2 milhões de euros registados no ano anterior.

Os resultados líquidos ascenderam, em 2003, aos dois milhões de euros, mais meio milhão do que os obtidos em 2002.

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