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Sagres quer reconquistar liderança em 2006; Central de Cervejas aberta a aquisições

A Central de Cervejas quer reconquistar a liderança perdida há 14 anos da cerveja Sagres num prazo de três anos, tendo para isso, apostado na modernização da marca com investimentos superiores a 45 milhões de euros, disse Manuela Botelho.

02 de Abril de 2003 às 14:43
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A Central de Cervejas quer reconquistar a liderança perdida há 14 anos da cerveja Sagres nos próximos três anos, tendo para isso, apostado na modernização da marca com investimentos superiores a 45 milhões de euros, disse Manuela Botelho, directora de «marketing» da empresa.

«Queremos reconquistar a liderança nas cervejas em Portugal em três anos, ou seja, no ano de 2006», revelou a mesma responsável, no final do encontro para apresentação da nova imagem da cerveja Sagres de 33 cl.

Esse objectivo norteia a actual alteração da imagem e garrafa que «constituía o principal freio da modernização da marca Sagres», destacou Manuela Botelho.

Neste momento, a Super Bock garante 42% de quota de mercado em Portugal contra os 34% da Sagres.

Para concretizar a meta da liderança, a Central de Cervejas quer «crescer, nos próximos três anos, o dobro do mercado» que se espera que apresente um crescimento de 5%.

«Queremos manter a lideranças nas águas (com a Luso e Cruzeiro) e reconquistar nas cervejas», avançou Francisco Carvalho Martins, presidente da Central de Cervejas.

A Sagres, presente no mercado desde 1940, perdeu a liderança para a Super Bock da Unicer no ano de 1989. Com a modernização da imagem das embalagens, grades, copos, frota automóvel, entre outros, a empresa pretende «garantir um futuro mais forte e mais sustentado».

A nova garrafa de 33 cl assume-se com «long neck», cuja substituição na linha de enchimento vai decorrer entre Abril até Janeiro de 2004 com investimentos de 7,5 milhões de euros, disse Francisco Ferreira do Amaral, director fabril da Central de Cervejas.

Em 2002, a Sagres foi a cerveja portuguesa que mais vendeu no mundo com a produção de 2,9 milhões de hectolitros, mais 13,5% do que em 2001.

«Estamos sempre atentos a tudo»

O presidente da Central de Cervejas não rejeita a possibilidade de efectuar futuras aquisições.

«Numa altura em que o mercado está em consolidação e em mutação completa e total e diária nos cinco continentes e especificamente nas cervejas, nós estamos sempre atentos a tudo», afirmou Carvalho Martins quando questionado sobre eventuais aquisições no sector.

Contudo, «não temos nada na calha previsto», esclareceu a mesma fonte.

O mesmo responsável não quis, no entanto, comentar uma eventual abertura a consolidações com a rival Unicer, depois do presidente Ferreira de Oliveira ter considerado «uma decisão inteligente» a união entre as duas cervejas.

Central de Cervejas estima crescimentos dos lucros em 2003

No ano passado, a empresa facturou 290,3 milhões de euros, dos quais 25% foram gerados nos mercados exportadores.

«Os resultados da companhia cresceram cerca de 10% em 2002 e temos previsto um crescimento dos resultados líquidos em 2003», adiantou Manuela Botelho, sem especificar valores.

O segmento das cervejas pretas que corresponde a 5,5% da facturação e deverá apresentar crescimentos com a entrada da Unicer no sector, acredita Manuela Botelho.

«Aquilo que esperamos é não deixar fugir a liderança do segmento de pretas» com a entrada da Super Bock preta.

Por Bárbara Leite

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