O risco de colisão com aves existe quer na Ota quer em Alcochete, garantindo o LNEC que neste segundo local é maior, lê-se no sumário executivo do estudo realizado pelo Laboratório de Engenharia Civil.

"A informação recolhida, no que respeita ao risco de colisão com aves, se bem que limitada a parte do ciclo anual, permitiu desde já identificar riscos potenciais em ambas as localizações, com maior relevância na zona do CTA [Campo de Tiro de Alcochete], requerendo em qualquer delas a adopção de medidas de mitigação apropriadas, mas que configuram situações similares, em termos de risco, às verificadas noutras localizações de aeroportos internacionais".

Por outro lado, na Ota existia obstáculos naturais (terreno) na zona do aeroporto com impacto no movimento aéreo, que não existem em Alcochete. Em ambas as localizações há outros obstáculos artificiais, "mais gravosos do ponto de vista operacional na zona da Ota".

Estes obstáculos, naturais e artificiais, "confere menor flexibilidade operacional e mais limitações à exploração da capacidade potencial do sistema de pistas na Ota".

Também nas interferências com as áreas e aeródromos militares, o LNEC diz que os impactos em Alcochete são menores.

Mas, conclui o estudo, " é possível em qualquer das duas localizações analisadas garantir padrões de segurança operacional adequados", no entanto, "sob o ponto de vista de eficiência e capacidade das operações do tráfego aéreo os elementos disponíveis indiciam a localização na zona de Alcochete como mais favorável". O LNEC diz, no entanto, que é necessário realizar estudos com mais aprofundamento.