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Ricardo Salgado identifica uma nova dinâmica empresarial

Líder do BES afirma que estão a aparecer novos negócios, sobretudo a Norte. Paulo Fernandes diz que crise política não travou investimentos

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11 de Julho de 2013 às 11:20
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Em cima, foto de equipa | Os sete representantes das empresas vencedoras da terceira edição dos prémios de Internacionalização.


Apesar do momento ser de recessão económica, o presidente do BES, Ricardo Salgado, diz que o banco identifica uma nova tendência de criação de empresas. E até a delimita geograficamente do Mondego para Norte. O banqueiro sublinhou que estão a nascer novos negócios, em novos sectores.


"Estamos constantemente no terreno, através das nossas direcções regionais, e o sentimento profundo que tenho é que há uma nova animação na economia em sectores novos, inovadores, muito centrados de Coimbra para cima. Ainda não sentimos esse dinamismo no Centro-Sul, mas acredito que também pode acontecer", afirmou Ricardo Salgado na cerimónia de entrega de prémios de Internacionalização, organizado pelo Negócios e pelo BES.


Salgado identificou ainda outra tendência na economia interna, o crescimento da actividade agrícola na zona Oeste, que na sua opinião tem contribuído para o aumento do indicador de produção deste sector. O presidente do BES sublinhou ainda a importância da estabilidade, porque sem ela não haverá investimento. O banqueiro defendeu também que os empresários tenham um quadro fiscal mais favorável e duradouro.


"Não tem de ser uma redução significativa, tem é de se dar uma perspectiva futura", explicou.

 

 

Há animação na economia em sectores novos.
 
Ricardo Salgado,  Presidente do BES


Nas últimas duas semanas fizemos adjudicações importantes de investimentos.
 
Paulo Fernandes,  Presidente da Altri e Cofina

 


Governo menos "terrorista"
Já o presidente do grupo Altri e da Cofina (proprietária do Negócios), pensa que a crise política foi "suficientemente breve para não ter repercussões significativas a prazo". E deu o caso do grupo que lidera para justificar que o mundo empresarial não sentiu um grande abalo. "No caso da Altri tínhamos projectados investimentos há bastante tempo, que tinham sido analisados, e nas últimas duas semanas fizemos adjudicações importantes de investimentos", ressalvou.


Paulo Fernandes quer que doravante o Governo seja "menos terrorista em relação ao que tem feito sem prejuízo de ter de fazer o seu trabalho". O empresário deseja que a política de austeridade não seja generalizada, "atacando segmentos pontuais, sem fazer uma política 'across the board', em que se atacam todas as famílias".


Amorim & Irmãos | Paulo Fernandes entrega o prémio ao CEO António Amorim.



Mota Engil | Gonçalo Moura Martins recebe a distinção de Ricardo Salgado.


 

 

 

"É ingénuo e perigoso" pensar que as exportações são via única


As exportações portuguesas valem 37,5% do PIB, segundo Pedro Reis, presidente da AICEP, que por isso mesmo defendeu, durante a cerimónia de entrega de prémios de internacionalização do BES e Negócios, que dada a morfologia da estrutura empresarial nacional "é ingénuo e até perigoso pensar que se levanta uma economia" apenas através deste vector.


"Se queremos catapultar as exportações, precisamos de criar condições para uma nova base exportadora, e para isso temos de tratar do investimento", avançou Reis.

 

Se queremos catapultar as exportações, precisamos de criar condições para uma nova base exportadora, e para isso temos de tratar do investimento.
 
Pedro Reis,  Presidente da AICEP

Foi aliás unânime, entre o painel de convidados, que só um mercado interno robusto pode dar azo ao crescimento sustentado das exportações. Mas para que tal seja possível, não faltou quem apontasse a confiança como factor determinante para catapultar uma nova economia. Um deles foi o director-geral da Autoeuropa, António Melo Pires. "Os sinais de que a economia vai voltar, têm de ser mais fortes para as pessoas terem confiança e consumirem", sublinhou o líder da unidade nacional da Volkswagen. Para Melo Pires, a reanimação do mercado interno deveria passar pela aposta na reabilitação urbana de Porto e Lisboa, que na óptica do gestor daria o "click" rápido de crescimento que a economia interna necessita.


Paulo Fernandes, presidente da Altri e da Cofina (detentora do Negócios) referiu sobre este tema que "todas as empresas que exportam também dependem do mercado interno". "É necessário que haja pelo menos uma estabilização [do mercado interno]", sustentou. "Há que aliviar a austeridade que não está a ter os resultados que se pretendiam", defendeu.


O embaixador do Brasil, Mário Vilalva, acredita que Portugal vai sair mais forte politicamente e economicamente da crise que atravessa.

 

 

 

 

Vencedores por categoria

 

No terceiro ano dos prémios Negócios/BES foram distinguidas sete empresas

 

Construção e cortiça são as primeiras nas "grandes"
O prémio internacionalização para grandes empresas teve como vencedoras, este ano, o grupo Mota-Engil, liderado por Gonçalo Moura Martins, e a Amorim&Irmãos SA, que tem na presidência António Amorim. A corticeira repete o galardão que já tinha vencido o ano passado, na altura na companhia da tecnológica TIMWE. O júri decidiu ainda premiar a Sapec, do ramo agro-alimentar, com uma menção honrosa.

 

Resul vence e há duas menções honrosas nas "médias"
Na categoria de médias empresas, o júri formado por António Melo Pires, director-geral da Autoeuropa, o economista Alberto Castro, e o embaixador brasileiro Mário Vilalva, decidiu dar a maior distinção à Resul, unidade cujos principais clientes são maioritariamente as "utilities" do sector eléctrico, de gás e água.


O mesmo júri entendeu ainda que devia atribuir duas menções honrosas: uma à construtora Cândido José Rodrigues, e outra à Aitec, que desenvolve o seu trabalho na área das tecnologias de informação.


Coimbra tem tecnológica que é revelação
A ISA - Intelligent Sensing Anywhere, S.A, empresa de Coimbra, ganhou o prémio Revelação. É uma empresa de base tecnológica, que oferece e implementa soluções e serviços inovadores de telemetria e gestão remota. É especialista em soluções de telemetria e gestão remota nas áreas da energia, gás, petróleo, saúde e ambiente, e está actualmente presente em mais de 20 países dos cinco continentes do mundo.

 


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