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Rendibilidade das empresas aumentou para 9,4% no 1.º trimestre de 2023

Já no capítulo da autonomia financeira, medida pelo peso do capital próprio no total do ativo, esta aumentou 2,0 p.p., para 42,6%, atingindo um máximo desde o início da série, em 2006.

O comércio a retalho e a reparação de automóveis foram os setores cujos pagamentos mais aumentaram – 14 pontos percentuais e um ponto percentual, respetivamente.
José Manuel Ribeiro/Reuters
11 de Julho de 2023 às 13:42
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A rendibilidade das empresas aumentou para 9,4% no primeiro trimestre de 2023 e a autonomia financeira, medida pelo peso do capital próprio no balanço, cresceu para 42,6%, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

"A rendibilidade das empresas, medida pelo rácio entre os resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos (EBITDA) e o total do ativo, aumentou pelo nono trimestre consecutivo, fixando-se em 9,4% no primeiro trimestre de 2023", referem as estatísticas das empresas da central de balanços, hoje divulgadas pelo banco central.

De acordo com o BdP, no final de março, a rendibilidade do ativo das empresas privadas encontrava-se 1,5 pontos percentuais (p.p.) acima do verificado no homólogo de 2022 e 1,8% acima do mesmo período de 2019 (período pré-pandemia).

A análise setorial regista que a rendibilidade do ativo aumentou em todos os setores relativamente ao primeiro trimestre do ano, com exceção da construção, que abrandou 0,2 p.p. para 5,5%.

Os setores dos transportes e armazenagem (13,4%), comércio (11,3%), eletricidade e água (9,1%) e sedes sociais (7,5%) registaram crescimentos iguais ou superiores a 1,0 pontos percentuais, com variações respetivas de 3,2 p.p., 2,3 p.p., 3,1 p.p. e 1,4 p.p., respetivamente.

Já no capítulo da autonomia financeira, medida pelo peso do capital próprio no total do ativo, esta aumentou 2,0 p.p., para 42,6%, atingindo um máximo desde o início da série, em 2006.

No primeiro trimestre de 2021, a autonomia financeira tinha sido de 40,6% e, no primeiro trimestre de 2019 (período pré-pandemia), de 37,5%.

Em sentido inverso, o peso dos financiamentos obtidos no total do ativo recuou de 32,0% para 29,3% em termos homólogos durante o primeiro trimestre de 2023. "Para esta redução contribuíram, principalmente, os empréstimos contraídos junto do setor financeiro e os obtidos junto de empresas do grupo", explica o BdP.

As maiores variações homólogas no campo da autonomia financeira foram verificadas nas sedes sociais (3,4 p.p., para 65,1%), nos transportes e armazenagem (2,9 p.p., para 27,3%), comércio (2,8 p.p., para 41,2%), outros serviços (2,2 p.p., para 42,7%) e eletricidade e água (2,1 p.p., 36,9%).

Por classe de dimensão das empresas privadas o aumento deste indicador foi "mais expressivo nas PME (subiu de 40,5% no primeiro trimestre de 2022, para 43,2% no primeiro trimestre de 2023) do que nas grandes empresas (passou de 34,8% para 36,0%)", enquanto nas empresas públicas "cresceu de 32,2% para 35,6%".
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