Os contratos de transferência dos activos da Transgás para a Rede Eléctrica Nacional -REN foram hoje assinados, com a Galp a receber 526 milhões de euros. A este valor acresce a dívida assumida pela REN, no valor de 318 milhões de euros.

O valor do negócio, que no total ascende a 844 milhões de euros, pode ainda ser ajustado, apenas positivamente, no caso dos activos de transporte de gás natural em função do que resultar das avaliações a cargo de três instituições financeiras, no termos do acordo assinado hoje entre as empresas.

Os 188 trabalhadores do universo da Galp, nesta área de negócio, são transferidos para a esfera da REN.

Este negócio é uma das peças chave para possibilitar a concretização dos IPO da Galp e da REN. Os activos vão ficar repartidos por três novas empresas: a REN-Gasodutos, a REN-Atlântico e a REN-Armazenagem.

A REN-Gasodutos fica com o transporte de gás natural em alta pressão, a REN-Atlântico com a recepção, armazenamento e regaseificação de gás natural no terminal de Sines, e a REN- Armazenagem com a concessão do serviço público do armazenamento subterrâneo de gás natural nas cavidades situadas no Carriço, Pombal.

A transferência dos activos de gás da Galp é uma condição essencial para a realização do IPO da REN, que fica depois apenas dependente da venda da posição da EDP na empresa.

Quanto ao IPO da Galp, a versão final do prospecto da operação só vai ser enviada para avaliação da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) depois de ser aprovada em Conselho de Ministros, noticiou hoje o Jornal de Negócios.

Isto porque, a parte vendedora – accionista Estado – precisa de luz verde do Executivo sobre o intervalo do preço a que pretende vender as acções da Galp na OPV, com base na avaliação que os bancos contratados fizeram.