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A Portugal Telecom (PT) obteve lucros de 200 milhões de euros (40 milhões de contos) no primeiro semestre deste ano, acima das estimativas dos analistas contactados pelo Negocios.pt, anunciou a operadora em comunicado.

No primeiro semestre do ano passado, a PT [PLTM] registou resultados líquidos de 286 milhões de euros (57,34 milhões de contos). No entanto, estes números não são directamente comparáveis com os atingidos este ano, devido a alterações no perímetro de consolidação da operadora.

Os analistas contactados pelo Negocios.pt estimavam que a PT atingisse resultados líquidos de 178 milhões de euros (35,69 milhões de contos) entre Janeiro e Junho deste ano.

O volume de negócios consolidado da empresa liderada por Murteira Nabo ascendeu aos 2,41 mil milhões de euros (483,2 milhões de contos) no primeiro semestre deste ano, face aos 1,88 mil milhões de euros (376,91 milhões de contos) atingidos no mesmo período do último ano.

O «cash-flow» operacional, ou EBITDA, cresceu para os 888 milhões de euros (178,03 milhões de contos), contra os 793 milhões de euros (158,98 milhões de contos) relativos ao período que decorreu entre Janeiro e Junho de 2000.

As estimativas dos analistas apontavam para receitas na ordem dos 2,44 mil milhões de euros (489,2 milhões de contos), e para um EBITDA de (180,23 milhões de contos).

Os custos operacionais ascenderam aos 2,03 mil milhões de euros (407 milhões de contos), com os custos com pessoal a representarem 18,6% deste total, ao ascenderem aos 378,6 milhões de euros (75,9 milhões de contos).

Os resultados acima discriminados têm em conta a consolidação proporcional da posição da PT na brasileira Telesp Celular, onde a operadora detém cerca de 42% do capital.

Contabilizando a Telesp Celular a 100%, as receitas da PT foram de 2,83 mil milhões de euros (567,36 milhões de euros) e o EBITDA situou-se nos 1,028 mil milhões de euros (206,1 milhões de contos).

Resultados financeiros negativos em 480,3 milhões

Os resultados financeiros da companhia cifraram-se em perdas de 480,3 milhões de euros (96,29 milhões de contos), que comparam com os prejuízos financeiros de 323,7 milhões de euros (64,9 milhões de contos) referentes ao mesmo período do exercício de 2000.

Estes números incorporam um custo de 175,5 milhões de euros (35,18 milhões de contos) referente ao reconhecimento contabilístico de verbas relativas à cobertura de riscos cambiais, bem como amortizações de «goodwill» no valor de 78,7 milhões de euros (15,78 milhões de contos).

Resultados extraordinários ascendem a 338,1 milhões de euros

A PT atingiu resultados extraordinários de 338,1 milhões de euros (67,78 milhões de contos) no primeiro semestre, resultantes de ganhos extraordinários de 390 milhões de euros (78,19 milhões de contos) e de perdas na ordem dos 51,9 milhões de euros (10,4 milhões de contos).

Os ganhos extraordinários foram impulsionados pelas mais-valias de 267,5 milhões de euros (53,63 milhões de contos) resultantes da alienação de uma posição de 15,76% na PTM.com [PTD].

Lucros do segundo trimestre ascendem a 67 milhões de euros

A PT atingiu lucros de 67 milhões de euros (13,43 milhões de contos) entre Abril e junho, que comparam com os 144 milhões de euros (28,87 milhões de euros (5,79 milhões de contos) atingidos no segundo trimestre do ano passado.

Os resultados da PT neste período foram influenciados pela desvalorização do real, a moeda brasileira, face às restantes divisas, o que prejudicou os resultados referentes à posição da operadora na Telesp.

Receitas da PT Comunicações aumentam 18,4% no semestre

As receitas da PT Comunicações, que gere as actividades de rede fixa do grupo em Portugal, aumentaram 18,4% nos primeiros seis meses do ano, totalizando 1,12 mil milhões de euros (224,5 milhões de contos).

A PT Prime, destinada ao mercado empresarial, contribuiu com 103 milhões de euros (20,65 milhões de contos) para as receitas consolidadas do grupo liderado por Murteira Nabo, com estes números a representarem um incremento de 33,9% em termos homólogos.

As acções da PT [PLTM] seguiam a ganhar 2,54% para os 6,47 euros (1.297 escudos).