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PT propõe redução dos poderes da «golden-share» do Estado

A administração da Portugal Telecom (PT) vai propor à AG da operadora, que «sejam reduzidos os poderes do Estado», para permitir aos accionistas a escolha do conselho de administração e da comissão executiva, adiantou a PT.

20 de Março de 2002 às 20:46
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A administração da Portugal Telecom (PT) vai propor à assembleia geral (AG) da operadora, que «sejam reduzidos os poderes do Estado», para permitir aos accionistas a escolha do conselho de administração e da comissão executiva, adiantou a PT.

A reunião de accionistas da PT [PTC] que terá lugar em Abril vai deliberar sobre uma proposta que visa reduzir «os poderes do Estado (...) na determinação da composição do conselho de administração e da comissão executiva», segundo um comunicado da empresa.

Esta medida visa «responder à preferência pelo mercado de capitais por empresas onde a gestão executiva é confiada a administradores profissionais e independentes dos accionistas», esclareceu a mesma fonte.

Esta redução de poderes, caso seja aprovada, não irá «descaracterizar o poder determinativo da golden-share» que permite ao Estado exercer o poder de veto em questões relacionadas com a estratégia da empresa e que actualmente lhe confere o direito de designar a sua administração e comissão executiva.

Os accionistas vão também deliberar sobre uma proposta de alteração estatutária «que possibilite uma eventual redução do número de administradores que integram a comissão executiva e que o presidente do conselho de administração não seja necessariamente o presidente desta».

Este conjunto de propostas surge depois de Murteira Nabo (na foto), presidente da PT, se ter mostrado favorável à divisão daquelas duas funções, que actualmente acumula, tendo já mostrado interesse em ficar apenas com a posição de presidente do conselho de administração (CA).

As medidas em causa inserem-se num novo modelo de gestão que a operadora pretende implantar. Pedro Coelho abandonou recentemente o CA e a comissão executiva da PT, num «primeiro passo» para este novo modelo, segundo adiantou na altura fonte da operadora.

As acções da PT encerraram a cair 4,28% para os 8,50 euros.

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