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PT propõe redução dos poderes da «golden-share» do Estado
A administração da Portugal Telecom (PT) vai propor à AG da operadora, que «sejam reduzidos os poderes do Estado», para permitir aos accionistas a escolha do conselho de administração e da comissão executiva, adiantou a PT.
A reunião de accionistas da PT [PTC] que terá lugar em Abril vai deliberar sobre uma proposta que visa reduzir «os poderes do Estado (...) na determinação da composição do conselho de administração e da comissão executiva», segundo um comunicado da empresa.
Esta medida visa «responder à preferência pelo mercado de capitais por empresas onde a gestão executiva é confiada a administradores profissionais e independentes dos accionistas», esclareceu a mesma fonte.
Esta redução de poderes, caso seja aprovada, não irá «descaracterizar o poder determinativo da golden-share» que permite ao Estado exercer o poder de veto em questões relacionadas com a estratégia da empresa e que actualmente lhe confere o direito de designar a sua administração e comissão executiva.
Os accionistas vão também deliberar sobre uma proposta de alteração estatutária «que possibilite uma eventual redução do número de administradores que integram a comissão executiva e que o presidente do conselho de administração não seja necessariamente o presidente desta».
Este conjunto de propostas surge depois de Murteira Nabo (na foto), presidente da PT, se ter mostrado favorável à divisão daquelas duas funções, que actualmente acumula, tendo já mostrado interesse em ficar apenas com a posição de presidente do conselho de administração (CA).
As medidas em causa inserem-se num novo modelo de gestão que a operadora pretende implantar. Pedro Coelho abandonou recentemente o CA e a comissão executiva da PT, num «primeiro passo» para este novo modelo, segundo adiantou na altura fonte da operadora.
As acções da PT encerraram a cair 4,28% para os 8,50 euros.