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Propostas para fundo imobiliário da Comporta têm de chegar até Novembro

O processo formal de venda do fundo que gere a Comporta, que pertencia ao antigo GES, está a andar. Ainda em Setembro, deve haver encontros com investidores. Já a participação na herdade agrícola ainda não está oficialmente em alienação.

22 de Setembro de 2016 às 18:10
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As eventuais propostas de compra do fundo imobiliário da herdade da Comporta, que gere os projectos turísticos e imobiliários, deverão ser entregues durante os primeiros dias de Novembro, segundo o calendário oficial divulgado pelos curadores de insolvência da Rioforte.

 

"As ofertas não vinculativas devem ser submetidas durante a primeira metade em Novembro de 2016", assinala o comunicado colocado no site das insolvências das empresas. Mas o processo já segue o seu percurso neste momento, estando a ser assessorado pelo Haitong Bank, na área financeira, e pela PLMJ, no ramo não financeiro (já tinham participado antes no procedimento lançado em Maio de 2015 e interrompido um mês depois).

 

De acordo com o mesmo site, "espera-se que os contactos com potenciais investidores comecem antes do final de Setembro".

 

Em venda está a participação da Rioforte no fundo de investimento imobiliário da Herdade da Comporta FEIIF. O que levanta uma dúvida: até aqui, a alienação desta posição de 57% no fundo ocorreu sempre em paralelo com a venda da participação da sociedade do Grupo Espírito Santo na Herdade da Comporta – Actividades Agro Silvícolas e Turísticas, S.A, a empresa responsável pela área agrícola daquele empreendimento conhecido pelos seus arrozais em Grândola. O Negócios contactou o banco de investimento para perceber a que se deveu a separação das duas vendas mas a instituição liderada por José Maria Ricciardi recusou-se a responder.

 

Ainda em Junho, os curadores de insolvência da Rioforte tinham anunciado que o processo de venda das participações na Herdade da Comporta – Actividades Agro Silvícolas e Turísticas, S.A e na Herdade da Comporta – Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado seria lançado nas semanas seguintes. O lançamento foi anunciado mas só o da última.


A venda da Comporta passou por um problema que afectou outros activos do GES. Em Junho de 2015 foi interrompido o primeiro procedimento mesmo quando havia, pelo menos, um grupo interessado (dos americanos Asher Edelman e David Storper). O processo só pôde ser relançado depois de o Tribunal Central de Instrução Criminal ter dado autorizado para levantar o arresto preventivo que tinha congelado as participações da Rioforte em Portugal. O que só aconteceu este ano. Uma das questões que dividia Lisboa e Luxemburgo, e cujo desfecho ainda é desconhecido, é o destino dos proveitos da alienação: ficavam em Portugal, sob protecção judicial; ou integravam a massa insolvente da Rioforte.

 

Segundo o Expresso noticiou, citando um estudo da CBRE, a avaliação da Comporta é de cerca de 420 milhões de euros, ainda que seja depois necessário descontar as dívidas do fundo e da herdade que o semanário situava em 130 milhões de euros.

Na insolvência da Rioforte, têm sido vários os activos à venda como as sociedades do antigo GES no Paraguai e no Brasil. O Haitong, que assessora a alienação do fundo da Comporta, é ele também um activo do ex-BES.

 

 

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