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Projecto da Pescanova dinamizará empresas de Mira
O presidente da Associação Empresarial de Mira (AEM), Raul Almeida, congratulou-se hoje com a instalação no concelho de uma unidade de aquacultura da multinacional Pescanova, prevendo que "o projecto dinamizará as empresas locais".
O presidente da Associação Empresarial de Mira (AEM), Raul Almeida, congratulou-se hoje com a instalação no concelho de uma unidade de aquacultura da multinacional Pescanova, prevendo que "o projecto dinamizará as empresas locais".
Em declarações à agência Lusa, Raul Almeida disse que além da criação de 200 postos de trabalho directos, numa primeira fase, o investimento de 350 milhões de euros do grupo galego Pescanova "poderá funcionar como alavanca" do comércio e serviços, principal sector da economia de Mira.
Segundo o líder da AEM, apesar da actual crise do sector das pescas, existem ainda no concelho nove companhas (agremiações de pescadores) que se dedicam à pesca tradicional, denominada arte xávega, sobretudo no Verão.
"Existe aqui algum desemprego, mas não temos estudos" que permitam uma avaliação rigorosa da procura de trabalho em Mira, acrescentou, realçando a importância da criação de 200 novos postos de trabalho com o projecto da Pescanova, número que deverá aumentar posteriormente para 350.
O coordenador da União de Sindicatos de Coimbra (USC), António Moreira, manifestou hoje a sua satisfação pela anunciada instalação em Mira da unidade de aquacultura para a produção de pregado (rodovalhos), noticiada hoje pelo Jornal de Negócios.
A contratualização do investimento deve ser formalizada no início deste ano com o Estado português, que apoia o projecto.
"Tenho de salientar o aspecto positivo deste investimento num distrito que tem assistido à destruição do seu aparelho produtivo, por parte de uma empresa com projecção europeia e até mundial", adiantou.
Segundo uma fonte da Câmara de Mira, o projecto de aquacultura será implantado "ao longo da praia de Mira, em cerca de 82 hectares de terreno".
O empreendimento da Pescanova vai produzir sete mil toneladas de pregado por ano, sendo a maioria, cerca de 90 por cento, para exportação, sobretudo para o mercado europeu.