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Prisa disponível para aliar-se a grupos de media portugueses

O CEO do grupo Prisa, Juan Luís Cébrian, manifestou hoje a abertura da "holding" para estudar a criação de parcerias ou alianças com outros grupos de media "portugueses ou brasileiros", com o objectivo de reforçar a capacidade de actuação da Media Capital

15 de Maio de 2008 às 21:29
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O CEO do grupo Prisa, Juan Luís Cébrian, manifestou hoje a abertura da "holding" para estudar a criação de parcerias ou alianças com outros grupos de media "portugueses ou brasileiros", com o objectivo de reforçar a capacidade de actuação da Media Capital "no mercado da língua luso-hispana".

À margem de uma conferência hoje realizada na Universidade Lusófona – onde defendeu que as estratégias dos grupos de media na era de globalização devem ter por base "o mercado da língua" e não mercados delimitados por fronteiras – Cebrián revelou ao Jornal de Negócios que a Prisa "mantém o objectivo" de dispersar em bolsa algum capital da Media Capital.

"Depois da OPA da Prisa, a Media Capital ficou com pouca liquidez e sabemos que podemos fortalecer-nos se diluirmos algum desses capital. Isso pode ser feito com a entrada de capital português ou brasileiro", exemplificou, sem adiantar datas para concretizar essa dispersão de capital.

O responsável da Prisa defende, no entanto, que a Media Capital mantenha "as características de grupo português", embora numa lógica de gestão "à escala global". "Para haver desenvolvimento, os grupos têm de aliar-se e pensar em todo o mercado linguístico em que podem actuar", prosseguiu, reiterando assim uma ideia expressa durante a conferência: "Os grupos luso-hispânicos podem trabalhar para um mercado de 700 milhões de falantes de português ou espanhol".

Defendendo que a concentração de grupos e de meios de comunicação "será inevitável nos próximos anos", Cébrian garante, porém, que a Prisa não teve ainda quaisquer conversações nesse sentido com outros operadores portugueses.

"Depois da OPA que fizemos à Sogecable, nesta fase não estamos em momento de investir. Temos de reestruturar-nos financeiramente e não estamos a desenvolver estratégias dessas no curto prazo", explicou. Ainda assim, não deixou de reconhecer que o grupo espreita com curiosidade a possibilidade de alargar o seu raio de acção a mercados como Angola e Moçambique. "São países com grande potencial e que podem ser interessantes dentro de 5 a 10 anos", avançou.

Sobre a estratégia de curto prazo para a Media Capital no mercado português, o CEO da Prisa agendou "para as próximas semanas" algumas novidades referentes à criação da unidade de negócio que concentrará, em Portugal, todas as actividade de produção audiovisual do grupo.

A ideia, refere, é potenciar "a grande capacidade que a NBP tem revelado" ao nível da produção para televisão. "É uma estrutura que produz com qualidade, com bons actores e com preços bastante competitivos em comparação com outros mercados europeus", disse.

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