Portugal vai realizar o primeiro leilão para a atribuição de licenças que podem ser utilizadas para oferecer acesso à internet em banda larga sem fios (BWA). Se todos os lotes que estarão em leilão fossem atribuídos, pelo preço base de licitação, o encaixe seria de 5,8 milhões de euros, que reverte para a Anacom, mas que acabará por ir para o Estado.

No entanto, José Ferrari Careto, administrador da Anacom - Autoridade Nacional das Comunicações, garante que houve a preocupação de desenhar o leilão, sem o objectivo de maximizar o encaixe. Ainda está presente o que se passou na Europa com os leilões para as licenças de terceira geração móvel, onde no Reino Unido e Alemanha se pagaram montantes elevados.

A Anacom admite que o baixo valor da base de licitação, a divisão geográfica dos lotes e o facto das frequências serem atribuídas a quem oferecer o melhor preço, mas pelo segundo preço mais elevado podem contribuir para que o leilão não venha a ter valores astronómicos.