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Presidente da Morgan Stanley demite-se após «guerra» interna
Philip Purcell, «chairman» e CEO da Morgan Stanley, anunciou hoje a renuncia aos cargos que ocupa no maior banco de investimento do mundo, depois de uma «guerra» interna que levou à demissão de vários quadros de topo da instituição.
Philip Purcell, «chairman» e CEO da Morgan Stanley, anunciou hoje a renuncia aos cargos que ocupa no maior banco de investimento do mundo, depois de uma «guerra» interna que levou à demissão de vários quadros de topo da instituição.
A saída de Purcell surge depois de uma «batalha» que durou dois meses entre o CEO da Morgan Stanley e outros administradores de topo do banco de investimento, que entretanto também já se demitiram. Com 61 anos, Purcell vai continuar na Morgan Stanley até ser encontrado o seu sucessor, o que acontecerá no máximo até à assembleia gera agendada para o início do próximo ano.
O Conselho de Administração tinha reiterado, a 1 de Maio, a sua confiança em Purcell, mas o executivo não resistiu ao facto de a Morgan Stanley não ter repetido a performance dos bancos de investimento rivais.
Firmas como a Merrill Lynch e a Goldman Sachs obtiveram lucros recorde em 2004 e no primeiro trimestre deste ano, feito que a Morgan Stanley não conseguiu registar. Ainda hoje a companhia anunciou que os lucros por acção do segundo trimestre vão descer entre 15 e 20%.
Nos últimos cinco anos as acções da Morgan Stanley desvalorizaram cerca de 40%, enquanto o sector valorizou 50%. Purcell lidera a Morgan Stanley desde 1997, altura da fusão com a Dean Witter, e a companhia já fez saber que os administradores que se demitiram não serão considerados no processo de escolha do novo CEO.
O mercado gostou da notícia da saída de Purcell, tendo as acções registado uma valorização 3,43%.