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Portugal investe 4 milhões para ser parceiro da maior feira industrial do mundo em 2022
Portugal será o país parceiro da edição de 2022 da Hannover Messe, a maior feira do mundo dedicada à tecnologia industrial. Segundo o ministro da Economia, "não podia haver melhor ação de promoção externa".
Mostrar a tecnologia portuguesa ao mundo, aumentar as exportações e atrair investimento estrangeiro são alguns dos objetivos da participação no evento, sinalizou Siza Vieira. O investimento será de quatro milhões de euros, um valor "modesto para a notoriedade que nos vai trazer", sublinhou o ministro.
"Esta é uma notícia muito boa para Portugal e para a indústria portuguesa. A Hannover Messe recebe todos os anos 200 mil decisores, de praticamente todos os países do mundo, que identificam o que de melhor existe em termos de tecnologias de produção, equipamentos industriais, ferramentas e máquinas que possam ser utilizadas na indústria em todo o mundo. Não podia haver uma ação maior de promoção externa", destacou o governante durante a cerimónia de apresentação do acordo, que contou ainda com o embaixador da Alemanha em Portugal.
Aicep quer atrair centenas de empresas
A feira vai decorrer em abril de 2022, mas até lá haverá trabalho a fazer, uma vez que a feira é promovida junto das empresas ao longo de todo o ano. Nos próximos meses, a feira será divulgada junto dos industriais portugueses, com o objetivo de "angariar o maior número possível de empresas participantes". Luís Castro Henriques assume que o objetivo é levar "centenas de empresas" à Alemanha. Para o presidente da Aicep, "todas deverão aproveitar esta oportunidade". Energia, metalomecânica, automóvel e plásticos são alguns dos setores "de excelência" que o Governo aponta como candidatos à participação na feira.
Com a posição de relevo na feira, o Governo propõe-se ainda a "estreitar a relação com os industriais alemães e a comunidade alemã", admitindo que uma das metas é atrair capital germânico para o país. "Temos empresas alemãs que estão em Portugal há mais de um século. Temos empresas mais recentes, mas que são grandes investidores, exportadores e promotores de emprego qualificado. A capacidade que tivermos de mostrar a boa experiência dos investidores alemães em Portugal também poderá ajudar a captar mais investimento de origem alemã. Temos aqui a possibilidade de acelerar esse processo", ressalvou Siza Vieira, lembrando que as empresas alemãs presentes em Portugal geram cerca de 16 mil milhões de euros em exportações.
Essa foi também a mensagem deixada pelo embaixador da Alemanha em Portugal, Martin Ney. "Porquê Portugal? Pela longa relação política e industrial que existe entre as empresas portuguesas e alemãs, e também pelos recursos humanos jovens e qualificados que existem em Portugal que, comparativamente com a Alemanha, são relativamente mais baratos, o que é uma vantagem competitiva para Portugal. Esta será uma montra importante para Portugal", concluiu o diplomata.