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Portucel passa com distinção fim do “lock up”

A semana que passou revestia-se de grande importância para a Portucel. A empresa enfrentava dois testes importantes: a apresentação dos resultados de 2006 e o fim do período de indisponibilidade das acções adquiridas pelos pequenos subscritores e trabalha

17 de Fevereiro de 2007 às 10:00
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A semana que passou revestia-se de grande importância para a Portucel. A empresa enfrentava dois testes importantes: a apresentação dos resultados de 2006 e o fim do período de indisponibilidade das acções adquiridas pelos pequenos subscritores e trabalhadores na última fase de reprivatização.

Na primeira prova, as contas anuais, a papeleira não desiludiu, mas também não surpreendeu. A Portucel anunciou na quarta-feira, depois do fecho do mercado, um aumento de 97% nos lucros para os 124,7 milhões de euros, valor que ficou aquém da média das estimativas dos analistas, que apontavam para 132 milhões de euros. Mas que ainda assim vale pelo expressivo crescimento, suportado em parte pela subida dos preços da pasta e do papel.

No dia seguinte, terminou o período de "lock-up" para os mais de 18 mil pequenos subscritores, que adquiriram acções da OPV a 2,04 euros, beneficiando de um desconto de 5% face ao preço final. Na sessão anterior, a mais-valia potencial era de 35,8%. Um lucro sedutor. Ainda assim, a grande maioria terá decidido ficar com as acções em carteira.

Na quinta e sexta-feira negociaram-se 19,8 milhões de acções, o que equivale a apenas 38% do total de 52 milhões de acções nas mãos dos pequenos subscritores e trabalhadores. E isto partindo do princípio de que a grande maioria das ordens seriam de venda, o que não aconteceu, já que os títulos da papeleira chegaram a cair mais de 2% mas acabaram por ceder apenas 0,72%. Na quinta-feira os títulos fecharam inalterados nos 2,75 euros.

A Portucel conseguiu mesmo fechar a semana com um ganho de 3%. O que significa que os investidores seguiram a recomendação dos analistas e aproveitaram a pressão vendedora provocada pelo fim do período de indisponibilidade para reforçar na papeleira. Um voto de confiança de que a gestão da equipa liderada por Pedro Queirós Pereira será capaz de continuar a criar valor.

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