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Portucel aumenta volume de negócios em 40% com nova máquina

O grupo Portucel Soporcel vai aumentar em cerca de 40% o valor do volume de negócios decorrente das vendas ao exterior, passando dos actuais cerca de 900 milhões de euros para um montante na ordem dos 1.250 milhões de euros, com a nova fábrica que começa

23 de Fevereiro de 2006 às 12:58
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O grupo Portucel Soporcel vai aumentar em cerca de 40% o valor do volume de negócios decorrente das vendas ao exterior, passando dos actuais cerca de 900 milhões de euros para um montante na ordem dos 1.250 milhões de euros, com a nova fábrica que começa a produzir em pleno em 2008. O grupo representou cerca de 3% das exportações portuguesas de mercadorias em 2004.

O grupo liderado por Pedro Queiroz Pereira assinou hoje um contrato de investimento com o Estado português, na casa dos 900 milhões de euros, dos quais 490 milhões serão canalizados para esta nova fábrica de papel em Setúbal. O projecto de investimento, apoiado em cerca de 175 milhões de euros por incentivos do Estado, contempla ainda um investimento de quase 400 milhões na modernização das unidades que o grupo detém hoje em Setúbal, Figueira da Foz e Cacia.

Com este projecto, vão ser gerados 355 postos de trabalho directos altamente qualificados, cerca de metade dos quais a integrar os quadros do grupo. A par disso, haverá a mobilização de 1.200 trabalhadores no pico da construção da fábrica, que deverá arrancar no último trimestre deste ano.

O objectivo do grupo Portucel Soporcel com este projecto de investimento é saltar do quinto para o primeiro lugar no mercado europeu de papéis finos não revestidos.

Pedro Queiroz Pereira, que chegou a ponderar realizar este investimento fora de Portugal, nomeadamente no Brasil, por falta de condições, salientou que «só foi possível tomar esta decisão devido ao forte empenhamento do Governo e sobretudo do primeiro-ministro».

O presidente da Semapa referiu que esta decisão foi tomada com base na confiança e num acordo de cavalheiros com os políticos do país quanto à garantia do desenvolvimento de condições nas áreas de política florestal, bem como da melhoria dos acessos rodoviários, ferroviários e portuários.

O primeiro-ministro justificou o seu envolvimento directo nas negociações deste projecto com a importância estratégica que tem para o país. «É o primeiro grande investimento industrial desde há muito tempo e é um investimento emblemático porque vai gerar valor, empregos qualificados e sobretudo dá um forte contributo para as exportações e, consequentemente, contribui para aumentar a balança comercial».

Semapa analisa investimentos em novos sectores; Portucel continua interessada na Celbi

A Semapa está a ponderar entrar em novos sectores de actividade. Apesar de não ter ainda uma decisão tomada, Pedro Queiroz Pereira admitiu hoje que está a analisar onde vai investir parte da mais-valia decorrente da alienação da Enersis (420 milhões de euros), vendo «com bons olhos o sector do turismo».

O presidente da Semapa explicou que tanto a Portucel como a Secil têm capacidade para financiarem os seus próprios investimentos, não havendo necessidade de recorrer a capital do accionista Semapa. «Estamos assim disponíveis para investir noutras áreas», acrescentou.

A Portucel continua interessada nos activos da Stora Enso em Portugal – a Celci. A avançar, esta operação será suportada por «cash-flow» gerado pela própria Portucel.

«Vamos estudar com particular cuidado esta hipótese de aquisição», afirmou José Honório, presidente do conselho de administração da Portucel.

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