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Política de dividendos do ESFG pode ser restaurada em 2005

O ESFG está mais preocupado em encontrar o parceiro certo do que em acelerar a venda da Tranquilidade, afirma Manuel Villas-Boas. O administrador do ESFG refere, em entrevista ao Jornal de Negócios, que o grupo está preocupado com a falta de liquidez dos

09 de Setembro de 2004 às 07:30
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O ESFG está mais preocupado em encontrar o parceiro certo do que em acelerar a venda da Tranquilidade, afirma Manuel Villas-Boas. O administrador do ESFG refere, em entrevista ao Jornal de Negócios, que o grupo está preocupado com a falta de liquidez dos títulos e que, apesar de considerar prematuro falar em dividendos nesta altura, espera voltar rapidamente a uma política de distribuição de 50% dos lucros pelos accionistas.

Como está a decorrer o processo de venda da Tranquilidade?

Já se tem vindo a prolongar há algum tempo, mas o mercado tem estado alterado (primeiro com o 11 de Setembro) e, mais proximamente, houve um reajustamento do mercado doméstico nacional (com a venda da S&P pelo BCP à CGD e Fortis). Não temos razões prementes nem financeiras nem contabilísticas que nos levem a ter uma pressa desesperada para vender. A nossa ênfase está em ter a parceria internacional certa. O que queremos é ter um bom parceiro.

Os volumes do ESFG são demasiado baixos para dar expressão ao título. Vale a pena mantê-los em bolsa?

O ESFG está, neste momento cotado em Londres, Luxemburgo, Lisboa e Nova Iorque. É um assunto que nos preocupa, devido aos fracos volumes. O próprio progresso da companhia (lucros mais que duplicaram) não se reflecte no valor de mercado.

Tem algumas medidas a tomar para esse problema?

Temos algumas medidas para dinamizar a liquidez.

Contratar um "market maker"?

Sim, podemos vir a contratar um "market maker", apesar de não termos nenhum contrato especial de "maket making". Ou enveredar por outras vias, como por exemplo trazer mais notícias da companhia para o mercado. A verdade é que o mercado também tem estado em baixa desde 2001, o que poderá ter estado a afastar os investidores.

A tendência dos lucros poderá gerar um maior dividendo em 2005?

O dividendo foi interrompido em 2002 devido aos maus resultados. Mas queremos voltar rapidamente à nossa política de dividendos de distribuir 50% dos lucros aos accionistas.

Não o tendo feito nos últimos anos, e depois de um dividendo de 0,10 euros, considerado "simbólico" pela ESFG, é legítimo esperar uma melhoria para 2005?

Parece-me prematuro falar disso para já, uma vez que apenas acabámos a actividade da primeira metade do ano, embora não possa negar que a situação, até agora, tem sido positiva.

Mas, tendo em conta o caminho percorrido, podemos vir a aumentar, nunca ultrapassando as medidas prudenciais que possam colocar em causa as nossas necessidades de capital

Os rácios de capital estão adequados às exigências do BdP e do BIS?

Há necessidade de reforço? O ESFG é um grupo híbrido, porque controla o BES e Tranquilidade, mas é uma «holding». Mas em nenhuma das unidades (BES incluído) há necessidade de aumentos de capital. Os seguros foram reforçados após o 11 de Setembro e, neste momento, os capitais estão adequados.

Qual o ponto mais importante dos resultados?

O facto do volume de comissões de banca terem ultrapassado a margem financeira. O que explica a virtude e mérito deste grupo no "cross-selling" da venda de produtos. As comissões incluem a actividade de mercado, o "project-financing"(auto-estradas na Hungria), a forte performance da corretagem em Espanha (Benito), a força do "private banking" na Suiça (Cie Bancaire Espírito Santo). E mostra que há várias alternativas na banca à queda da margem financeira.

Como explica a queda de 15% na margem financeira?

A uma concorrência muito forte no mercado doméstico. E está para se manter.

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