Notícia
PME Crescimento empresta 138 milhões de euros às empresas em 15 dias
O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, anunciou hoje no Parlamento que a linha PME Crescimento, lançada a 16 de Janeiro, já concedeu às empresas empréstimos de 309 milhões de euros, num total de 3.110 operações, a um ritmo que o governante salientou "nunca visto neste tipo de linhas".
15 de Março de 2012 às 20:39
Os últimos dados governamentais sobre a execução da PME, datados do princípio do mês, revelavam que já tinham sido feitas 1.852 operações, num total de 171milhões. Ou seja, em 15 dias, os empréstimos às empresas através deste veículos subiram em 138 milhões, em 1.258 operações. A PME Crescimento tem um plafond de 1,5 mil milhões de euros.
Há duas semanas, os patrões ouvidos pelo Negócios queixaram-se de que a propagada liquidez que estas linhas trazem às empresas não estão a "chegar à economia real" e que a banca usa estes veículos para "reestruturar dívida".
Na altura, confrontado com os dados apresentados pelo Ministério da Economia, o director-geral da associação de têxtil e vestuário(ATP), PauloVaz, respondeu que "o contacto com as empresas não dá um ‘feedback’ tão positivo”. “O que nos dizem é que estas linhas são destinadas a quem não precisa, e não a quem necessita delas para poder cumprir as suas obrigações. Esse dinheiro não chega à economia. Já não digo sequer para as empresas poderem exportar, mas para fazerem face aos seus problemas de tesouraria e mantê-las a funcionar”, enfatizou.
Também Reis Campos, líder da associação de empresários de construção (AICCOPN), garantiu nessa altura que este financiamento não desagua na “economia real”.“Um dos problemas mais graves é garantir que a banca não direccione estes recursos para a substituição de créditos anteriores”, sublinha o representante das construtoras.
Há duas semanas, os patrões ouvidos pelo Negócios queixaram-se de que a propagada liquidez que estas linhas trazem às empresas não estão a "chegar à economia real" e que a banca usa estes veículos para "reestruturar dívida".
Também Reis Campos, líder da associação de empresários de construção (AICCOPN), garantiu nessa altura que este financiamento não desagua na “economia real”.“Um dos problemas mais graves é garantir que a banca não direccione estes recursos para a substituição de créditos anteriores”, sublinha o representante das construtoras.