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Pequenos accionistas preocupados com “agravamento da crise” nos CTT

Os pequenos accionistas dos CTT voltam a criticar a gestão de Francisco Lacerda após os lucros terem caído para metade no primeiro trimestre.

08 de Maio de 2018 às 14:12
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Francisco Lacerda volta a ser contestado pelos pequenos accionistas dos CTT. Para este grupo a actual gestão está a levar a empresa a uma "progressiva queda dos resultados e da margem financeira e a sistemática degradação da qualidade de serviço". É esta a reacção perante os resultados do primeiro trimestre deste ano onde a empresa viu os seus lucros caírem para metade.


É com "preocupação" que o Movimento dos Pequenos Accionistas dos CTT olha para os resultados do primeiro trimestre divulgados pela empresa na semana passada. Em comunicado enviado esta terça-feira, o grupo teme que "a sistemática degradação da qualidade de serviço" ponha em causa "a renovação do contrato de concessão". Recentemente, a Anacom apertou as exigências feitas à empresa. 


A principal crítica do movimento é para Francisco Lacerda por este não ter promovido alterações na condução da empresa. "Os resultados agora publicados sobre o primeiro trimestre de 2018 dos CTT confirmam o agravamento da crise da empresa", concluem, destacando que, por exemplo, esta trajectória só levará o Banco CTT ao breakeven depois de 2021.


O banco aumentou os rendimentos em 28,8% para cinco milhões de euros. "Estes resultados do banco ocorrem mesmo após a integração da PayShop (empresa com maior EBITDA do Grupo CTT) ter passado a estar integrada nos resultados do banco", assinalam os pequenos accionistas, referindo que a margem financeira continua negativa. Esta segunda-feira os números do Banco de Portugal revelaram que o Banco CTT lidera nas reclamações dos consumidores.



As críticas do grupo são transversais aos resultados apresentados pelos CTT, do negócio do correio ao negócio das encomendas ou mesmo aos serviços financeiros postais. A tudo isto junta-se a perda de valor em bolsa. "A cotação da acção dos CTT sofreu uma redução de 10,8% no primeiro trimestre de 2018 passando de 3,51 euros no final de Dezembro de 2017 para 3,128 euros a 30 de Março de 2018, enquanto que o PSI 20 aumentou 0,3% neste período", apontam os pequenos accionistas.

Para o movimento a queda da cotação promove a "vulnerabilidade" da empresa a uma "eventual OPA por parte de investidores ligados ao sector postal e logístico". "Na comparação com outras empresas congéneres europeias na Alemanha, na Áustria, na Itália, e no Reino Unido, todas elas vão de ‘vento em popa’, o que significa que , se a gestão corrigir o rumo e a estratégia, os CTT têm todas as hipóteses de triunfarem", argumentam os pequenos accionistas.

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