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PCP quer ouvir ministro das Infraestruturas sobre salários atrasados da limpeza de comboios

O grupo parlamentar do PCP requereu hoje a presença urgente no parlamento do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, a propósito dos atrasos no pagamento dos salários dos trabalhadores da limpeza dos comboios e das estações ferroviárias.

#45 - Pedro Nuno Santos
01 de Setembro de 2021 às 19:56
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O grupo parlamentar do PCP requereu hoje a presença urgente no parlamento do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, a propósito dos atrasos no pagamento dos salários dos trabalhadores da limpeza dos comboios e das estações ferroviárias.

De acordo com um requerimento endereçado ao presidente da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, entregue hoje na Assembleia da República, a bancada comunista explicita que a limpeza dos comboios da CP e das estações ferroviárias da Infraestruturas de Portugal (IP) "é assegurada pelos trabalhadores contratados pela empresa 'Ambiente & Jardim'" e que estes funcionários "estão há mais de dois meses" sem receberem o salário.

"Depois de várias situações semelhantes no passado, e de mais recentemente se terem registado atrasos no pagamento de salários em maio (...), estes trabalhadores foram agora novamente confrontados com uma situação de salários em atraso", sustenta o partido, acrescentando que a situação levou à convocação de uma greve.

O grupo parlamentar do PCP considerou que a "CP, a IP, assim como o Governo, não podem continuar a virar a cara a este drama", que, de acordo com o partido, abrange 600 trabalhadores (de um total de 1.800 da "Ambiente & Jardim").

Por isso e tendo em conta "a urgência desta situação", os comunistas requereram "a audição urgente" de Pedro Nuno Santos no parlamento, advogando que "as empresas públicas CP e IP deveriam integrar estes trabalhadores nos seus quadros, em vez de recorrerem a 'outsourcing'".

O PCP diz que também "importa esclarecer se a CP ou a IP continuam ou não a pagar pela prestação de serviços" à "Ambiente & Jardim" e critica que o "anúncio, por parte da CP, no dia 1 de setembro, de que iria rescindir com esta empresa, sem quaisquer garantias sobre o pagamento dos salários, exige ainda esclarecimentos adicionais sobre a salvaguarda de todos os direitos dos trabalhadores".
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