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Participada da EDP aumenta tarifas em 28,56% no Brasil
A Companhia de Electricidade do Rio de Janeiro (CERJ), detida parcialmente pela Electricidade de Portugal (EDP), recebeu autorização do regulador eléctrico brasileiro para aumentar as suas tarifas para 2003 em 28,56%.
Apesar da dimensão da subida das tarifas, a decisão da Agência Nacional de Energia Eléctrica (ANEEL) ficou aquém do aumento de 33,2% solicitado pela CERJ, uma empresa detida pela EDP em 19,5%.
«O índice final de reajuste é o resultado da soma do Índice de Reajuste Tarifário (IRT) com a Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A (CVA)», afirma a ANEEL em comunicado.
No caso da CERJ, o IRT ficou em 22,56%. A CVA representou 4,27 pontos percentuais, dos quais 3,71 pontos percentuais referem-se ao desembolso da concessionária com a compra de energia de Itaipu, cotada em dólares.
Na composição do índice final de reajuste da CERJ ainda foram considerados 1,23 ponto percentuais, referentes ao aumento de 2% para 3% da alíquota da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), e 0,50 ponto percentuais relativos a custos administrativos da concessionária com a implantação do Programa Emergencial de Redução do Consumo de Energia Eléctrica, de acordo com a mesma fonte.
Em 2002, o aumento de tarifas da CERJ foi de 18,63%.
A CERJ fornece energia a 1,77 milhões de lares de 66 municípios do estado do Rio de Janeiro, incluindo Niterói, São Gonçalo e Região de Lagos.
A empresa, detida directamente pela espanhola Endesa em 39,7% e indirectamente - através da Enersis - em 40,26%, obteve um prejuízo líquido de 48,92 milhões de reais (13,94 milhões de euros) em 2001 e receitas de exploração de 1,75 mil milhões de reais (498,75 milhões de euros).
As acções da EDP seguiam inalteradas nos 1,67 euros.