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Partex estuda disputar novas concessões para exploração no Brasil

A Partex Oil & Gas estuda participar no próximo concurso público para aquisição de novas concessões para exploração de petróleo no Brasil, afirmou hoje o presidente da empresa.

06 de Junho de 2006 às 19:36
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A Partex Oil & Gas estuda participar no próximo concurso público para aquisição de novas concessões para exploração de petróleo no Brasil, afirmou hoje o presidente da empresa.

António Costa Silva salientou que a participação no próximo concurso público, que decorrerá em Agosto deste ano, dependerá do potencial das áreas ofertadas pelo regulador brasileiro.

«Estamos a estudar, mas queremos adquirir novas concessões para produzir», disse o responsável, à margem de um encontro sobre energia com empresários luso-brasileiros, que decorreu em São Paulo.

Há cinco anos no Brasil, a Partex detém actualmente 10 concessões para exploração de petróleo em terra e em águas profundas, em parceria com a Petrobras e um com a British Gas.

O total de investimentos já ascendeu a cerca de 34 milhões de dólares na aquisição das concessões e em trabalhos de prospecção, informou o executivo.

Até ao fim de Julho, a empresa anunciará o resultado da análise do potencial de produção de um bloco na Bacia de Santos, a 240 quilómetros do litoral do Estado de São Paulo, na região Sudeste do Brasil.

Trata-se do poço mais profundo até hoje já explorado pela indústria petrolífera mundial, com cerca de 7.620 metros de profundidade.

Caso haja potencial de exploração, o início da produção desse bloco está projectado para 2012, enquanto que as demais concessões da Partex estão ainda em fase inicial de prospecção.

«Estamos muito interessados no desenvolvimento do mercado atlântico de energia, nomeadamente entre Brasil, Angola e Europa», disse António Costa Silva.

«Viemos para ficar no Brasil, mas com peso, conta e medida», salientou o responsável pela Partex no Brasil, Álvaro Ribeiro.

António Costa Silva realçou que a exploração do mercado atlântico é uma forma de as empresas petrolíferas mundiais reduzirem suas dependências em relação aos países do Médio Oriente.

«Se o planeta nada fizer para utilizar os recursos energéticos com racionalidade e para encontrar novas fontes produtoras, continuará prisioneiro dos países do Médio Oriente», disse.

O director da Petrogal Brasil, subsidiária da Galp, Ricardo Peixoto, também presente ao encontro, salientou que Portugal é actualmente o maior comprador europeu de óleo pesado brasileiro.

O óleo bruto brasileiro é transportado para a refinaria de Sines e mais tarde exportado para o Brasil, na forma de lubrificantes, numa associação entre a Petrobras e a Galp.

Actualmente, a Petrogal detém direitos de exploração de 54 blocos, em parceria com a Petrobras, o significa a maior companhia estrangeira em número de participações no Brasil.

«A Petrogal hoje, em termos de áreas de concessão, está presente em todas as principais bacias produtoras de petróleo no Brasil», disse Ricardo Peixoto.

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