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Parque Expo vai finalmente ser extinta após nomeação de comissão liquidatária

Desde 2011 que há a intenção de dissolver a Parque Expo. Uma decisão tomada a 6 de Outubro de 2014. O presidente da administação é agora presidente da comissão liquidatária. Tem um mês para apresentar um plano. E dois anos para encerrá-la.

07 de Outubro de 2014 às 14:24
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A Parque Expo vai chegar ao fim. O tiro de partida para o fecho da empresa, criada em 1993 para a construção e posterior desmantelamento da Expo 98 e para a concepção da reconversão da zona do Parque das Nações, foi dado em 2011 pela voz de Assunção Cristas. A meta deverá ser alcançada dentro de dois anos, o prazo decidido pelo Estado que decidiu-se ontem pela dissolução seguida de liquidação da Parque Expo.

 

"Deliberada a dissolução da sociedade e a sua entrada em liquidação, devendo a mesma encontrar-se concluída no prazo máximo de dois anos". Esta é uma das decisões tomadas na assembleia-geral de accionistas da empresa, realizada a 6 de Outubro. O Estado, através da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças tem 99,78% da Parque Expo, sendo que a Câmara Municipal de Lisboa tem os restantes 0,22%, de acordo com o site oficial da empresa.

 

Foi já nomeada uma comissão liquidatária, que terá de propor um plano de liquidação no prazo máximo de um mês, segundo o comunicado que foi emitido através do site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. John Michael Crachá de Souto Antunes e João Manuel Pereira Afonso são o presidente e vogal, respectivamente, daquela comissão. Crachá de Souto Antunes era já o presidente do conselho de administração da Parque Expo.

 

As contas da empresa eram deficitárias há já vários anos. Aliás, uma das decisões da assembleia-geral de segunda-feira, 6 de Outubro, foi a aprovação dos resultados consolidados do ano passado, em que a Parque Expo apresentou um prejuízo de 14,6 milhões de euros. Em 2012, o prejuízo havia sido de 14,5 milhões de euros.  


Foram vários os obstáculos que se colocaram à Parque Expo para a sua dissolução, nomeadamente o facto de ter uma elevada dívida (que não se sabia se teria de ser absorvida pelo accionista Estado). A empresa teria uma dívida acumulada de 30,8 milhões de euros numa base individual.

 

Entre os seus activos, o Oceanário de Lisboa ganha destaque por a Parque Expo ser o único accionista. A concessão daquela infra-estrutura foi avançada pelo Governo ainda que não se tenha concretizado. Há ainda uma participação na Gare Intermodal de Lisboa, no Oriente, e na Marina de Lisboa.

 

 

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