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ParaRede afunda mais de 14% após revisão em baixa de resultados
As acções da ParaRede caíam mais de 14% na bolsa nacional, depois da empresa liderada por Paulo Ramos ter anunciado que os lucros do primeiro semestre recuaram 97%, forçando a empresa de serviços de tecnologias de informação a rever em baixa as previsões
A ParaRede afirmou, em comunicado publicado na sexta-feira, que «está em situação de rever em baixa as previsões feitas para o ano de 2005, fruto sobretudo do contributo negativo que poderá vir a ter a actividade da empresa no terceiro trimestre».
Acrescenta que «não se verificarão assim os resultados previstos para o terceiro trimestre, ficando os mesmos abaixo do inicialmente previsto, podendo este facto impactar nos objectivos anuais divulgados».
A ParaRede, apesar de não o referir no comunicado de hoje, tinha como objectivo libertar ‘cash flow’ positivo este ano e obter também resultados líquidos positivos, segundo declarações efectuadas pelo seu administrador financeiro, Pedro Rebelo Pinto, em Fevereiro.
São três as razões avançadas pela empresa para o terceiro trimestre estar a ser pior que o esperado: o atraso na certificação dos equipamentos POS, que impede a venda destes equipamentos onde a empresa diz ser líder; a actividade da empresa em Angola tem sido prejudicada pelas dificuldades surgidas na constituição da filial e, por fim, o processo de integração no Grupo ParaRede das empresas Gain, Damovo e Grupo WhatEverNet, adquiridas entre o final de 2004 e o início de 2005, acabou por ser mais prolongado do que o esperado.
No que diz respeito a estas aquisições, a ParaRede estima que o processo de integração esteja terminado no final do terceiro trimestre e que «as medidas de racionalização, resultantes do referido processo, só virão a ter impacto favorável durante o primeiro trimestre de 2006».
«Prevemos ainda que o quarto trimestre e sobretudo o ano de 2006 poderão revelar-se bem mais favoráveis, por um lado com a resolução dos problemas enunciados anteriormente e, por outro, através de novas apostas, como por exemplo, o lançamento de novos serviços de grande valor acrescentado, como sejam a gestão do ciclo de vida da informação, que começa agora a dar os primeiros resultados, bem como o lançamento da nova família de POS’s», adianta a empresa.