O período da oferta pública de venda (OPV) de até 14,484% do capital do Banco Comercial dos Açores (BCA), no âmbito da quarta fase de privatização, irá decorrer entre os dias 12 e 14 de Dezembro, anunciou o Governo da Região Autónoma dos Açores em comunicado.

«O período para transmissão de ordens de comprar na OPV inicia-se às 8h30 do dia 12 de Dezembro e termina às 15h00 do dia 14 de Dezembro», segundo a mesma fonte.

A referida operação prevê a alienação de um máximo de 1.503.218 acções do BCA, actualmente na posse da Região Autónoma dos Açores, que irá reduzir a sua posição para cerca de 15% caso os títulos disponíveis sejam subscritos na totalidade.

A sessão especial de Bolsa para apurar os resultados da operação terá lugar a 17 de Dezembro, sendo que antes da OPV irá decorrer um período de recolha de intenções não vinculativas de investimento, entre os dias 29 de Novembro e 11 de Dezembro.

Nesta última data está prevista a publicação do prospecto definitivo referente à operação, de acordo com a mesma fonte.

Os trabalhadores do BCA e da sua participada Companhia de Seguros Açoreana, terão à sua disposição um lote de acções até um máximo de 400 mil títulos para subscrição, pelo valor unitário de 5,39 euros (1.038 escudos).

Aos pequenos accionistas e emigrantes estará reservado um lote de até um milhão de acções, pelo valor de 5,51 euros (1.104 escudos) cada, com as restantes 103.218 acções a estarem disponíveis para o público em geral, pelo valor unitário de 5,99 euros (1.200 escudos).

Caso se esgote a procura para as acções disponíveis em cada segmento, o Estado irá arrecadar, através da Região Autónoma dos Açores, cerca de 8,284 milhões de euros (1,66 milhões de contos).

O Banif [BANIN] é o principal accionista do BCA, ao deter 68,79% do capital social, com o Governo Regional dos Açores a controlar actualmente 29,48%.

BCA solicita admissão de acções à negociação

«Foi solicitada a admissão à negociação no mercado de cotações oficiais da Bolsa de Valores de Lisboa e Porto (BVLP) das acções do BCA a alienar no âmbito da presente operação de reprivatização», bem como as restantes acções do banco, «já reprivatizadas e que nunca foram objecto de reprivatização», que sejam susceptíveis de negociação imediata, segundo o mesmo comunicado.

No caso das acções destinadas aos segmentos dos trabalhadores e pequenos subscritores e emigrantes na OPV não será solicitado no imediato a sua admissão à negociação, uma vez que os seus titulares não as poderão ceder antes de passado um período de três meses a contar da OPV.

A admissão das acções à negociação «tem como objectivo conferir-lhes a liquidez própria do mercado de cotações oficiais», de acordo com a mesma fonte.

As acções do Banif encerraram ontem a perder 0,18% para os 5,41 euros (1.085 escudos).