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ONI quer ser “premiada” por investimentos em tecnologias alternativas

A ONI quer ver reflectido no enquandramento regulatório incentivos aos investimentos em tecnologias alternativas como a Powerline cuja rentabilidade estará dependente da regulação, disse Norton de Matos, presidente da operadora da EDP.

05 de Fevereiro de 2004 às 14:13
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A ONI quer ver reflectido no enquandramento regulatório incentivos aos investimentos em tecnologias alternativas como a Powerline cuja rentabilidade estará dependente da regulação, disse Norton de Matos, presidente da operadora da Electricidade de Portugal (EDP).

”As tecnologias emergentes devem ser acarinhadas”, reforçou Norton de Matos à margem da demonstração da Powerline, nova tecnologia que permite oferecer serviços de telecomunicações sobre a rede eléctrica da EDP.

Para este responsável, o “ambiente regulatório deveria favorecer os investimentos em tecnologia”, pedindo “por favor premie-se quem investe e penalize-se quem não investe”.

Lamenta que a ONI, apesar de investir em infra-estruturas como cobre, fibra óptica e agora no Powerline, tenha sido prejudicada com os “estrangulamentos do acesso” aos clientes resultantes dos “preços astronómicos pagos à Portugal Telecom”.

Neste sentido, apoia o apelo do primeiro-ministro Durão Barroso para o aumento dos investimentos em tecnologias, mas, então, que “se reflicta no enquadramento regulário os incentivos ao investimento”.

Rentabilidade do Powerline depende da regulação

Pedro Norton de Matos referiu sobre a Powerline que, durante este ano, será lançado uma experiência comercial de Internet de banda larga e voz sobre a rede eléctrica junto de cerca de 10 mil utilizadores, para se conseguir, neste prazo “afinar o modelo de negócio”, que está igualmente dependente do tal enquadramento regulatório.

Este experiência vai abranger Lisboa, Porto e algumas cidades dos interior.

Com cautelas, Norton de Matos lembrou que também o FWA era um projecto tecnológico bem sucedido, mas a rentabilidade da operação não se veio a confirmar, por isso, não define data para a massificação comercial da tecnologia.

Mas lembra, que a “questão do timing é muito importante”.

Considera que o sucesso da nova tecnologia está dependente das autoridades reguladores acreditando que “há-de haver vontade da política de telecomunicações de criar alternativas à ditadura actual da PT que tem as duas redes de acesso” nacionais.

Norton de Matos admite que este é um “negócio de capital intensivo”, mas sublinha que os investimentos vão depender da penetração comercial.

Em particular, Jorge Cruz de Morais, administrador da ONI, referiu que este tecnologia terá um custo por cliente de “30 a 40 contos (150 a 200 euros)”, alegando que o investimento global não está definido.

ONI com EBITDA positivo em todos meses de 2004

A particularidade desta tecnologia é que liga-se à rede da ONI, mas serão precisos investimentos em fibra óptica ou cobre para unir as duas redes (eléctrica e de telecomunicações). Estes últimos representarão 20 a 30% do investimento global potencial.

A tecnologia é disseminada através de um posto de transformação que pode “cablar” 100 utilizadores e o “break even” atingir-se-á com a captação de 20% desses utilizadores potenciais, anunciou a mesma fonte.

A ONI não vai necessitar de realizar qualquer aumento de capital para fazer face aos investimentos em tecnologias, garantiu Norton de Matos, que reiterou o objectivo da ONI atingir EBITDA positivo em todos os meses deste ano e lucros no próximo ano.

A ONI tem 200 mil clientes e seis mil de Internet de banda larga.

As acções da EDP cotavam nos 2,13 euros, a subir 0,47%.

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