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Novos aparelhos com alarmes garantem distanciamento social

Na fábrica italiana e escritórios nos EUA de Enrico Iori, cerca de 150 funcionários usam pulseiras, presilhas para cintos e cordões que se iluminam, vibram e emitem sons irritantes sempre que se posicionam a cerca de dois metros uns do outros.

13 de Dezembro de 2020 às 15:00
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"Não tivemos nenhum surto, não tivemos casos gerados internamente", disse Iori, fundador e CEO da IK Multimedia, fabricante de produtos para a indústria da música que agora fabrica aparelhos wearables, ou ‘vestíveis’, relacionados com a pandemia. "E a boa notícia é que as pessoas se distanciam. O dispositivo emite um alarme e vibra. Isso mantém as pessoas separadas, porque é irritante."

 

A empresa de Iori é uma das cerca de 60, incluindo gigantes como a Samsung Electronics, que oferecem wearables para o combate à covid-19. Embora as vacinas já estejam no horizonte, pode demorar meses até que os trabalhadores em idade ativa figurem nos grupos prontos a recebê-las.

 

Ao mesmo tempo, os casos disparam, o que aumenta a procura por produtos como o Safe Spacer, da IK. Fábricas, armazéns e até produtoras de Hollywood usam os aparelhos para continuar a trabalhar e proteger trabalhadores.

 

"Cerca de 50% da força de trabalho ainda está a operar", disse Jeff Becker, analista da Forrester Research. "São muitas pessoas que não se podem dar ao luxo de esperar em casa. E esses empregadores querem uma solução para proteger a força de trabalho."

 

Por enquanto, a Forrester acredita que o segmento tem vida curta, que pode desaparecer quando a covid-19 for algo do passado e a necessidade de distanciamento social e rastreamento de contactos acabar. Ainda assim, as startups de wearables dizem que os pedidos aumentaram nas últimas seis semanas com o agravamento da pandemia. Até agora, a covid-19 infetou quase 68 milhões de pessoas globalmente e matou mais de 1,5 milhões, de acordo com o Johns Hopkins Coronavirus Resource Center.

 

O mercado de aparelhos baratos e com um propósito específico pode movimentar 105 milhões de dólares até meados de 2021, de acordo com a WinterGreen Research. A maioria dos produtos tende a custar cerca de 100 dólares, mas alguns incluem contratos de serviços com preços em torno de 60 a 100 dólares por ano.

 

As empresas apostam que os aparelhos acabarão por ter outras aplicações em segurança e produtividade no local de trabalho após a pandemia.

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