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Novo gasoduto aumentará em 30% trânsito de gás entre Espanha e França

A Naturgas inaugurou um investimento de 70 milhões de euros, que a EDP diz ser representativo da importância crescente do gás para o grupo, mas está agora à espera que França execute um troço no seu território.

15 de Outubro de 2010 às 11:23
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O novo gasoduto que a Naturgas, do grupo EDP, hoje inaugurou em Irún, no País Basco, vai reforçar em cerca de um terço a capacidade de trânsito de gás entre Espanha e França, permitindo um maior aproveitamento das infra-estruturas de gás da Península Ibérica e uma melhoria das condições de aprovisionamento de gás do Sul da Europa.

O presidente da Naturgas, Manuel Menéndez, lembrando que no final do ano passado a capacidade instalada era de 5,7 BCM (mil milhões de metros cúbicos), indicou que os 2 BCM que poderão ser movimentados anualmente no novo gasoduto trarão um acréscimo de capacidade às ligações de gás entre Espanha e França superior a 30%.

No entanto, este crescimento só será efectivo quando a francesa TIGF avançar com o troço que falta em território francês, o que deve acontecer até 2015. Nessa altura o trânsito de gás hispano-francês passará a beneficiar da ligação directa entre a unidade de regaseificação da BBG, em Bilbau, e o aramazenamento subterrâneo francês de Lussagnet.

João Manso Neto, administrador da EDP, marcou presença na inauguração da segunda fase do gasoduto que liga as cidades de Bergara a Irún, no País Basco, e que permite o reforço da ligação de gás entre o Norte de Espanha e o Sudoeste de França.

Com 90 quilómetros de extensão, o novo gasoduto implicou um investimento de 70 milhões de euros, naquela que é a maior obra de sempre da Naturgas, empresa espanhola do grupo EDP.

“A partir de 2015 teremos fluxos nos dois sentidos. Qual terá mais peso dependerá dos preços dos mercados (espanhol e francês)”, explicou João Manso Neto em conferência de imprensa.

O administrador da EDP sublinhou ainda a “importância estratégica” que este investimento da Naturgas tem, por ser representativo de uma aposta crescente da EDP no sector do gás.

Concluído vários meses antes do previsto o terceiro troço da segunda fase deste gasoduto envolveu a escavação de 300 mil metros cúbicos de terra e pedra, para a colocação de 7 mil tubos de 1,9 toneladas cada.

* O jornalista viajou a Bilbau a convite da EDP.
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