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Norte só perdeu 1,3% das 103 mil empresas extintas em Portugal desde 2008

Durante o período de crise profunda, seguida de recuperação económica, entre 2008 e 2015, o Norte perdeu apenas 1.326 empresas (0.3% do total regional), o que corresponde a somente 1,3% das mais de 103 mil extintas a nível nacional nos últimos sete anos.

Região Norte foi "o principal motor de crescimento da produtividade" em Portugal no período 2008-2015.
30 de Novembro de 2016 às 13:12
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Entre as milhares de empresas que desapareceram no Norte e as milhares que foram criadas nesta região, durante o período de crise profunda, seguida de recuperação económica do país, de 2008 a 2015, o saldo é residualmente negativo: no final do ano passado, o Norte contava com 387.396 empresas, apenas menos 1.326 do que sete anos antes, o que traduz uma diminuição homóloga de 0,3%.

Uma taxa de variação baixíssima que compara com a extinção de 8,3% das empresas a nível nacional, no mesmo período, o que corresponde ao desaparecimento de mais de 103 mil empresas entre 2008 e 2015. A região de Lisboa foi a mais atingida, ao chegar ao final do ano passado com 313.795 companhias, menos 16,5% do que as 375.861 que tinha sete anos antes.

Estas estatísticas fazem parte de uma análise aos resultados de 10 anos do relatório Norte Conjuntura, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), que vão ser hoje, 30 de Novembro, esmiuçados por esta entidade, numa conferência com a participação de empresários e peritos, a realizar no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões.

Nesta sessão "será apresentada uma bateria de indicadores relativos à resiliência e à capacidade exportadora que as empresas do Norte de Portugal demonstraram nos últimos anos", promete a CCDRN, em comunicado, garantindo que esta região foi "o principal motor de crescimento da produtividade" no país durante o período 2008-2015.

Entre outros indicadores, "conclui-se que a produtividade aparente do trabalho era na região Norte a quarta maior em Portugal em 2015 e cresceu 6,5% entre 2008 e 2015, acima da média nacional".

A CCDRN nota que o sector das indústrias transformadoras destaca-se claramente com um contributo relativo de 7,3%. "Sem este contributo, a produtividade total das empresas da região do Norte teria tido um decréscimo em vez dos mais 6,5% verificados", indica o mesmo documento.

Em termos de pessoal ao serviço, neste período o Norte registou uma redução de perto de 81 mil trabalhadores, o que traduz uma diminuição de 6,3% face à realidade em 2008. Mesmo assim, trata-se da menor taxa quando comparada com as outras regiões do país – a maior verificou-se no Algarve, com menos 17,1%, enquanto em Lisboa a perda foi de 12,8%.

Entre 2008 e 2015, a variação acumulada de pessoal ao serviço nas PME foi de 72.524 em Portugal e de 55.891 no Norte, de onde se conclui que "a região do Norte contribuiu com 77,1% para esse acréscimo nacional", enfatiza a CCDRN.

Relativamente às exportações, o relatório do organismo regional liderado por Fernando Freire de Sousa enfatiza que "as empresas nortenhas demonstraram que foram capazes de reagir rapidamente à diminuição de actividade sentida em 2009, como consequência da crise internacional".

"Logo em 2010, as empresas do Norte voltaram a exportar mercadorias num valor relativamente próximo do de 2008 e em 2011 voltaram a ter um crescimento muito acentuado", destaca o mesmo documento. 

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